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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Lei proíbe sal em mesas de restaurantes em Belo Horizonte

Lei proíbe sal em mesas de restaurantes em Belo Horizonte
No tempero da salada, na batatinha frita ou mesmo na carne. Em Belo Horizonte uma lei municipal proíbe a exposição de sal nas mesas e balcões de bares e restaurantes. Agora, para usar o condimento na capital mineira, o cliente que quiser deixar a comida um pouco mais salgada precisará pedir aos funcionários do estabelecimento. A medida é uma tentativa de reduzir o número de casos de problemas de saúde causados pelo uso em excesso de sal, como doenças cardiovasculares.


Quem tem o hábito de comer fora de casa em BH recebeu mais um aliado na luta contra doenças causadas pelo consumo excessivo de sal. É que uma lei sancionada pelo prefeito Márcio Lacerda proibiu que os estabelecimentos que comercializam alimentos preparados para consumo de deixarem os saleiros à disposição do cliente. Nem mesmo aqueles pequenos sachês podem ficar à mostra.

A Organização Mundial de Saúde recomenda que o consumo máximo diário de sal por pessoa é de menos de cinco gramas. No entanto,um levantamento do IBGE revelou que a quantidade consumida pelo brasileiro é, em média, mais do que o dobro do recomendado e chega a 12 gramas.

Em outro estudo realizado pela Universidade de Nova Iorque, a Escola de Economia de Londres e um instituto sueco aumentou o temor em torno do sal e mostrou que até 2025 o Brasil pode ter 80% a mais de hipertensos. Dados da Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel 2011) do Ministério da Saúde revelam que 22,7% dos brasileiros já receberam diagnóstico de hipertensão.

Um acordo entre o Ministério da Saúde e a Associação Brasileira das Indústrias de Alimentação iniciado ainda em 2011 ajudou a reduzir a quantidade diária de sal ingerida pela população. Até junho deste ano o MS estima que quase 15 mil toneladas de sal deixaram de ser consumidas nos alimentos.

Segundo a Sociedade Brasileira de Cardiologia o sódio presente no sal de cozinha é responsável pela regulação de líquidos nas células. Hipertensão arterial, doenças cardiovasculares e renais são as ocorrências mais comuns.

Embora a medida tenha como objetivo reduzir os riscos a saúde que o consumo em excesso de sal causa, a Abrasel-MG (Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais) acredita que os empresários terão prejuízo. Ricardo Rodrigues, presidente da associação em Minas chegou a afirmar que “grande parte do legislativo e o executivo continuam criando leis sem fundamento.” Para ele, o município não tem que legislar sobre o assunto e a compra dos sachês poderá aumentar a crise no setor. Uma pesquisa da Abrasel revelou que um em cada três estabelecimentos mineiros já opera no vermelho.

A regulamentação da legislação vai ocorrer dentro de um prazo de 60 dias e até dezembro o Executivo municipal deve promover campanhas com empresários e a população em geral. A previsão é de que as multas aplicadas a quem descumprir a regra sejam definidas dentro desse prazo.
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