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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Atrás nas pesquisas, Freixo parte para ataques a Crivella no último debate na TV

Atrás nas pesquisas eleitorais, o candidato à Prefeitura do Rio de Janeiro, Marcelo Freixo (PSOL), partiu para o ataque contra Marcelo Crivella (PRB) no último debate, realizado na TV Globo na noite desta sexta-feira (28), a dois dias do segundo turno das eleições. Enquanto grande parte das perguntas elaboradas pelo psolistas continha acusações, Crivella mirou questões sobre programa de governo.


A mais recente pesquisa, o levantamento do Ibope divulgado na quinta-feira (27), mostra o candidato Marcelo Crivella na liderança da corrida à Prefeitura do Rio de Janeiro com 61% dos votos válidos contra 39% de Marcelo Freixo.

Freixo abriu o debate questionando Crivella sobre vídeo em que ele cita uma passagem bíblica, sobre a criação da mulher a partir da costela de Adão, e acusando o candidato do PRB de misoginia.

Crivella rebateu que seu “casamento é a melhor resposta disso. Sou casado há 36 anos. Se não tratasse bem as mulheres, conseguiria manter meu casamento?” e emendou proposta de realização de PPP (Parceria Público-Privada) para suprir déficit de 20 mil vagas em creches na capital fluminense. O psolista disse que a proposta não deu certo em Belo Horizonte ao que Crivella discordou, dizendo que o custo do projeto seria amortizado em 20 anos.

Ao ser questionado sobre o que fará, se eleito, para evitar obras superfaturadas ou acidentes, como o desabamento de ciclovia na orla carioca em abril passado, Freixo disse que não vai fazer alianças com Anthony Garotinho (PR), Rodrigo Bethlem e Roberto Jefferson (PTB) e garantiu que todo seu secretariado será técnico. Segundo ele, sua aliança é “com a população, sendo essa a maior garantia de qualidade” nas obras.

O candidato do PRB afirmou que “não quer leiloar cargos” e que tampouco fez as alianças citadas por Freixo. Crivella afirmou que há uma legislação para evitar superfaturamentos, mas que ela não garante a segurança quanto a possíveis acidentes. Ele propôs que, para obras grandes ou com acesso da população, uma empresa de consultoria confira o cálculo estrutural para evitar acidentes.


Freixo voltou a relacionar o candidato do PRB à Igreja Universal. Crivella respondeu que o psolista estaria “obcecado” pelo tema, mas que o eleitor está preocupado com os problemas da cidade “e não com a minha religião”. Freixo disse então que Crivella faltou a debates e a entrevistas e atribuiu ao candidato do PRB o que chamou de “fanatismo político e religioso”. Crivella rebateu dizendo que as acusações da campanha de Freixo no horário eleitoral renderam direitos de resposta e frisou que o eleitor quer discutir a cidade: “Quero voltar aos termos que realmente interessam para nós, que é gerar mais emprego, você [eleitor] não quer saber de religião, você quer saber de emprego”.

Durante embate sobre política para animais, Crivella procurou sublinhar a estratégia agressiva adotada por Freixo no debate. Após o psolista listar suas propostas para a área — como unidades de castração móvel, parceria com a Suipa (entidade de proteção dos animais) e o uso do zoo como centro de estudos de zoonoses —, Crivella disse que as propostas são “perfeitas” e que Freixo fica “encantador” quando abre mão de ataques. Freixo rebateu dizendo que quer “cuidar dos animais e da democracia”, reiterando ter ido a todas as entrevistas e acusando Crivella de “espalhar mentiras”. Nas considerações finais, Crivella justificou que faltou a entrevistas porque a licença que tirou no Senado, para fazer a campanha, chegou ao fim e, por isso, ele precisou voltar à Casa.

Ao ser questionado pelo candidato do PRB sobre a qualidade do sistema BRT, Freixo defendeu a retirada de poder das mãos dos empresários de ônibus e perguntou a Crivella como ele pretende fazer isso. O candidato do PRB disse que, se vencer as eleições, os empresários de ônibus não vão mandar em seu governo e ironizou dizendo que, apesar de ser defensor dos direitos humanos, o psolista quer que Bethlem “fique preso em casa": "A praça é pública”, acrescentou. Freixo também respondeu com ironia — “Bethlem estava passando e subiu no seu palanque?” — e ainda lembrou episódio em que declaração do ex-deputado federal favoreceria as viações.

Reportagem da revista Veja também foi citada por Freixo, além de recente episódio envolvendo a viúva do ajudante de pedreiro Amarildo. O psolista lembrou ainda do arquivamento pela Justiça de denúncia de que Crivella teria duas empresas em paraísos fiscais. O candidato do PRB respondeu que um defensor dos direitos humanos não pode acusar sem provas e que, apesar do que chamou de “dilúvio de injúrias”, Crivella mantém a vantagem sobre Freixo nas pesquisas.

— Se foi arquivado [o processo] é porque não tinha provas. O Freixo quer ser meu biógrafo.
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