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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Em Cuiabá, Serra comenta vitória de Trump nos EUA: ‘Treino é treino e jogo é jogo’

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

José Serra visita Cine Teatro de Cuiabá

José Serra visita Cine Teatro de Cuiabá

O ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), evitou tecer avaliações sobre a vitória de Donald Trump na eleição presidencial americana. Em visita a Cuiabá, nesta segunda-feira (14), ao ser questionado sobre o impacto da política econômica que o governo Trump pode ter sobre a economia brasileira, visto o protecionismo defendido pelo futuro presidente durante a campanha eleitoral, o tucano foi ponderado.


“Eu disse lá em Brasília, lembrando Didi, um meia da seleção antiga: Treino é treino, jogo é jogo. Campanha é treino, e o jogo vai ser decidido a partir da própria equipe que ele vai montar”, declarou, demonstrando que tem esperanças de que Trump adote medidas diferentes das sinalizadas durante a campanha.

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Por outro lado, Serra destacou o esforço da diplomacia brasileira para manter boa relação com os Estados Unidos em áreas diversas, independente da política econômica. “Temos empenho em manter uma boa relação com os Estados Unidos, para defender os interesses nacionais e da expansão do comércio e dos investimentos. Além de intercâmbio em matéria de educação e saúde”, disse.

A política protecionista americana tem impacto direto na balança comercial mato-grossense, visto que o estado é grande exportador de commodities que concorrem diretamente com o mercado americano, como soja, milho e algodão. Os produtores norte-americanos recebem subsídios que fazem com que o preço das commodities caiam, diminuindo a vantagem dos preços brasileiros.

A exportação da produção brasileira também recebe incentivos do governo. Graças à Lei Kandir, desde 1996, os produtos primários e semi elaborados destinados à exportação não pagam Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS). Se, por um lado, isso barateia os produtos no mercado externo, por outro lado, tira receita dos estados – e Mato Grosso é que mais perde arrecadação com isso.

Para compensar essa perda fiscal, o Governo Federal criou o Auxílio Financeiro para Fomento a Exportações (FEX), que compensa a desoneração das exportações. Mato Grosso, dono da maior fatia do FEX, recebe em torno de R$ 400 milhões anualmente – a desoneração, porém chega a R$ 7 bilhões, segundo estudo da Associação Mato-grossense dos Muncípios (AMM).

Outro impacto registrado na economia brasileira desde a eleição de Trump é a alta do dólar, que atingiu R$ 3,45 nesta segunda-feira. Antes do anúncio do resultado da eleição, na quarta-feira passada (9), a moeda americana estava em queda e chegou a R$ 3,16. Para o agronegócio mato-grossense, a moeda em alta é boa para venda da safra, por outro lado, encarece os insumos importados. 
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