Existe uma articulação nacional trabalhando o nome do ministro da Agricultura, Blairo Maggi (PP), para disputar a Presidência da República nas eleições de 2018. Segundo o senador Cidinho dos Santos (PR), o fato de ser um estado com poucos eleitores não impede a ascensão de Maggi, que já é visto como um líder de alcance nacional. Além disso, apesar de estar há 14 anos na política, Blairo Maggi ainda seria visto como “novo” na política, de acordo com Cidinho.

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“Onde o Blairo tem viajado, ele é recebido como uma liderança que possa estar numa eleição presidencial. E essa questão de ele ser de Mato Grosso, colégio eleitoral pequeno, não atrapalha. Onde vamos, ele tem sido visto como uma liderança expressiva do Brasil. No Rio Grande do Sul ele é visto como gaúcho. Nasceu no Paraná. Então todo o Sul tem identificação com ele. Blairo tem feito um trabalho forte na questão do agronegócio, da agroindústria, e hoje o motor da economia do Brasil é o agronegócio. Então não poderá ser surpresa se um projeto desse se viabilizar”, comentou Cidinho.

O senador analisou que a formação do arco de alianças depende do andamento do governo de Michel Temer (PMDB): se ele terá sucesso nas reformas que planeja e se não será candidato à reeleição, como tem afirmado. No entanto, adiantou que já há conversas com o PR e o PSD. “Blairo pode ser o candidato que vai unir o PMDB, junto com o PP. Ou sair no primeiro turno com uma aliança, e depois no segundo turno fazer uma composição, talvez o PSDB”, disse.

O parlamentar pontuou que há convites para Blairo sair como candidato a vice-presidente – porém, o projeto do grupo político é mais ambicioso. “A articulação é para ser presidente. Evidentemente que tem convites para ser vice.” Cidinho, que é o primeiro suplente da chapa que elegeu Maggi senador, em 2010, avalia entrar de cabeça no projeto do aliado e não disputar nenhum cargo em 2018, caso se concretize a candidatura ao Palácio do Planalto.



Apesar de toda a movimentação pública dos aliados, oficialmente Blairo Maggi nega a intenção de se candidatar a presidente. Em entrevista na semana passada, em Cuiabá, o ministro lembrou a dificuldade de um partido como o PP, que é de tamanho médio, emplacar o presidente da República. A declaraçaõ foi dada no encontro regional do PP, em que aliados estenderam  uma faixa que estampava "Blairo Maggi um nome para o Brasil". 

“Não existe nenhum projeto nesse momento e nem acho que deverá existir. Nosso partido não é um partido muito grande que consiga imprimir um nome para presidência da República. É claro que o partido deseja, mas eu não creio que uma candidatura nascida no PP possa arrastar os outros partidos. Isto é possível acontecer? Sim, se todos os astros se alinharem pode ocorrer, mas eu acho muito difícil”, afirmou o ministro.