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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Em desespero

Família procura por jovens desaparecidos após abordagem da PM; testemunhas relatam agressão

Foto: Reprodução

Família procura por jovens desaparecidos após abordagem da PM; testemunhas relatam agressão
Desaparecidos há quase dois dias após uma abordagem da Polícia Militar (PM), os jovens João Vitor de Oliveira, de 20 anos, e Hugo da Silva Salomé, de 19, foram vistos pela última vez ao entrarem em uma viatura descaracterizada com policiais, no bairro São João Del Rey, em Cuiabá. Aos familiares dos rapazes, populares informaram que ambos estavam em um veículo modelo Clio, de cor marrom, quando foram parados e agredidos, aparentemente sem motivos, pelos profissionais da segurança. A situação foi registrada por volta de 13h de segunda-feira (10).


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Na manhã desta quarta-feira (11), familiares se mobilizaram para reivindicar esclarecimentos sobre o sumiço dos rapazes. Com cartazes, eles expressaram sua revolta com o caso e o denunciaram à imprensa. “Mais uma família está sofrendo com o descaso da polícia, que ao invés de proteger, está usando a farda para acabar com as famílias. Todos somos seres humanos e somos falhos. Mas abusos sem explicação não dá pra ficar”, dizia um dos escritos. 

De acordo com o advogado da família, Sérgio Batistelli, a Corregedoria da Polícia Militar já foi acionada, mas até o momento não há nenhuma informação sobre o paradeiro deles ou um posicionamento sobre a situação. Ele também conta que os profissionais do 24º Batalhão da PM, responsáveis pela ação, também foram procurados por mais de uma vez, mas afirmaram apenas que os dois jovens teriam fugido da viatura, não tendo sido vistos mais por eles.

“Os parentes estão desesperados com essa falta de informação. Já tentaram todas as delegacias, todas as possibilidades, Pronto Socorro, IML, e nada. A Polícia diz que eles fugiram, mas isso não faz o menor sentido. Por que escapariam da viatura e permaneceriam sem voltar pra casa, ou sem fazer qualquer tipo de contato até o momento? Entendo esta situação como um caso de seqüestro. Não tem outra justificava”, explica o advogado.

Colegas de bairro, João e Hugo têm passagem por roubo e tráfico, mas estavam em liberdade. “Os relatos apontam que eles não estavam fazendo absolutamente nada no momento da abordagem e mesmo assim foram agredidos pelos policiais. Uma das pessoas que presenciou a cena conseguiu lembrar o final da placa da viatura, 09.” Ele reforça ainda que a situação é considerada grave pelos próprios funcionários da Corregedoria.

Ao Olhar Direto a Polícia Militar (PM) informou que assim que recebida a denúncia, será instaurada uma sindicância para apurar o que de fato aconteceu com os rapazes. Não foi determinado um prazo para o término do procedimento, no qual os policiais e demais testemunhas serão ouvidos.

Um caso parecido foi registrado em Rosário Oeste (111 km de Cuiabá), há dois meses. Lá, o jovem Ronaldo Vargas da Cunha, 25, vem sendo procurado por amigos familiares que se mobilizam para obter informações sobre seu paradeiro. Ele foi visto pela última vez ao entrar em uma viatura da Polícia Militar (PM). De acordo com informações repassadas a sua namorada, Joice dos Santos, ele voltava da casa de um amigo em sua bicicleta, que foi deixada no local após a abordagem.
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