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CONSELHO DE MEDICINA

CRM-MT suspende registro de ginecologista que estuprou 15 pacientes e matou bebê

27 Mar 2017 - 14:46

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Debora Senah

Pedro Augusto Ramos da Silva

Pedro Augusto Ramos da Silva

O médico ginecologista Pedro Augusto Ramos da Silva teve seu registro profissional temporariamente suspenso pelo Conselho Regional de Medicina de Mato Grosso (CRM-MT). O médico foi considerado culpado em processo ético profissional aberto em seu desfavor no Conselho do Acre. Na justiça de Rondônia, Pedro Augusto Ramos foi condenado a 130 anos de prisão pelo estupro de 15 pacientes. Em 2013, foi responsabilizado pela morte de um bebê na cidade mato-grossense de Porto dos Gaúchos (a 644 km de Cuiabá). Os demais conselhos regionais do país também deverão suspender seu registro profissional.


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Pedro Augusto Ramos da Silva cumpre pena desde março de 2015, na Casa de Detenção de Ariquemes, em Rondônia. Ele já teve 03 pedidos de Habeas Corpus (HC) negados, além de um pedido de conversão em prisão domiciliar mal sucedido.  O médico, entretanto, já obteve vitória em quatro ações penais por estupro que, por falta de provas, encerraram-se com absolvição.   
 
Ao Olhar Direto, o CRM-MT informa que o procedimento de suspensão temporária do registro é padrão e que os demais conselhos do país deverão proceder da mesma forma, após sentença de culpa proferida em um processo ético profissional aberto no Acre, em 2012. Na ocasião, ele teve suas atividades suspensas por 30 dias.
 
Segundo os autos das ações penais, os 15 crimes que ele responde por estupro ocorreram entre os dias 12 de setembro de 2014 e 25 de fevereiro de 2015. O médico conforme acusação masturbava as vítimas durante realização dos exames ginecológicos, tanto em hospitais particulares quanto em postos de saúde pública.
 
Em uma das sentenças em seu desfavor consta que "O réu atendeu a vítima nos fundos do hospital, onde não havia movimento de pessoas. Posteriormente, ele determinou que a paciente se despisse e deitasse na maca, quando se posicionou entre as pernas da vítima e a masturbou por trinta minutos, mesmo com a paciente pedindo para encerrar o ato". Em outro caso, conforme os autos, a vítima estava grávida.
 
Atuação em MT 

Em Mato Grosso, o médico levou à desgraça uma família que perdeu seu bebê por negligência médica, na cidade de Porto dos Gaúchos. O caso ocorreu no início de 2008 e o médico foi denunciado por homicídio culposo por negligência, imprudência e imperícia.
 
Conforme sentença, a criança vítima do mau atendimento sofria de infecção urinária, todavia foi tratada como se sofresse de anemia simples, sendo-lhe indicado Rarical, polivitaminico simples. A mãe, desconfiada do diagnóstico, levou a criança para outro hospital, mas não a tempo, faleceu poucos dias depois em consequência da doença.
 
"Os pais perderam a filha primogênita, razão pela qual deve pesar em desfavor do réu. A vítima, de apenas dois meses, de modo algum contribuiu à prática do crime, razão pela qual deve sopesar em desfavor do réu", consta da sentença. 
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