O Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso divulgou nota de esclarecimento, no início da noite desta quarta-feira (29), sobre o episódio que ocorreu com a equipe de reportagem do
Olhar Direto, na cobertura da ‘Operação Pérfidos’, executada na Prefeitura de Várzea Grande.
“O GCOM compreende a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional dos jornalistas como direitos fundamentais e invioláveis, e vai solicitar às autoridades da Segurança Pública e Sistema Prisional a apuração dos fatos”, diz trecho da nota, alertando para a checagem se houve ou não excesso, na atuação dos agentes públicos no caso.
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Durante parte da tarde desta quarta-feira (29), a equipe do
Olhar Direto esteve reunida com o secretário do Gabinete de Comunicação, jornalista Kleber Lima, e assessores, no Palácio Paiaguás, tratando do tema.
A nota lembra que Kleber Lima acompanhou o caso desde o início, mas a prisão foi solicitada por policiais lotados no Fórum Municipal. “O Gcom esclarece, ainda, que os policiais militares que efetuaram a detenção do jornalista foram acionados por uma colega lotada no Fórum de Várzea Grande, em razão de suposta ameaça relatada pelo agente prisional, conforme Boletim de Ocorrência”, justifica a nota go GCOM, em outro trecho. A íntegra da nota.
Nota de Esclarecimento
A Secretaria do Gabinete de Comunicação (Gcom) do Governo de Mato Grosso lamenta o incidente envolvendo a equipe do site
Olhar Direto, um agente prisional e policiais militares durante a realização de operação da Delegacia Fazendária, na manhã desta quarta-feira (29.03), na cidade de Várzea Grande, que resultou na detenção do repórter fotográfico Rogério Florentino, e também na abordagem do repórter Jardel Arruda.
O Gcom, como de resto, todo o Governo de Mato Grosso, compreende a liberdade de imprensa e o livre exercício profissional dos jornalistas como direitos fundamentais e invioláveis, e vai solicitar às autoridades da Segurança Pública e Sistema Prisional a apuração dos fatos, narrados inclusive em Boletins de Ocorrência registrados por um dos jornalistas e pelo agente prisional, para verificar se houve excesso na atuação dos agentes públicos no caso.
Entretanto, esclarece que o repórter fotográfico abordou um agente prisional que estava conduzindo réu preso até o Fórum de Várzea Grande, onde seria submetido a Júri, confundindo-o com policial que participava de uma operação para apurar crimes de corrupção na prefeitura daquela cidade, o que causou o mal-entendido, uma vez que há normas e perímetro de restrição de acesso a réus presos, para proteção do custodiado pelo Estado, dos agentes públicos e do público em geral, dados os riscos inerentes à movimentação de presos.
A bem da verdade, a operação ocorrida nesta manhã foi executada por policiais civis lotados na Delegacia Fazendária, nas dependências da prefeitura, cuja área é contígua à do Fórum, o que pode contribuído para o engano do jornalista.
O Gcom esclarece, ainda, que os policiais militares que efetuaram a detenção do jornalista foram acionados por uma colega lotada no Fórum de Várzea Grande, em razão de suposta ameaça relatada pelo agente prisional, conforme Boletim de Ocorrência.
O secretário de Comunicação Kleber Lima acompanhou o caso desde que recebeu a notícia da detenção e recebeu os jornalistas envolvidos, acompanhados do seu editor, Lucas Bólico, para apresentar a solidariedade do Governo de Mato Grosso aos profissionais e anunciar o pedido de apuração dos fatos. O secretário convidou o Sindicato dos Jornalistas Profissionais de Mato Grosso (Sindjor) para participar do encontro, porém, a entidade não encaminhou nenhum representante.
Cuiabá-MT, 29 de março de 2017.
Gcom – Secretaria Extraordinária do Gabinete de Comunicação do Governo de Mato Grosso