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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Advogado critica passividade de autoridades brasileiras em caso de cuiabano acusado de matar adolescente português

Foto: Reprodução

Advogado critica passividade de autoridades brasileiras em caso de cuiabano acusado de matar adolescente português
Pedro Proença, que atua como advogado do pai de Rodrigo Lapa, 15 anos, assassinado no dia 22 de fevereiro do ano passado, citou a passividade das autoridades brasileiras no caso. O cuiabano Joaquim Lara Pinto é apontado como um dos principais suspeitos de ter matado o adolescente. Em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, Pedro diz que nunca afirmou que o mato-grossense seria o responsável: “É apenas e até o momento, um suspeito e nada mais”. O advogado de Joaquim, Raphael Arantes, garantiu que o seu cliente quer logo tudo esclarecido.


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“Está havendo uma demora excessiva. A carta rogatória já foi enviada para o Brasil há quase 6 meses e ainda não foi cumprida. Devia ter sido cumprida em 2 meses. Há um mês reuni com a Procuradora Geral da República, em Lisboa e manifestei a minha preocupação pela passividade das autoridades brasileiras e apelei a uma maior pressão para cumprimento da carta rogatória”, disse o advogado.
 
O advogado ainda disse ter recebido uma garantia de que as autoridades brasileiras seriam pressionadas, o que não aconteceu até agora: “O encerramento do inquérito está dependente do cumprimento da carta rogatória. Pelo que sei falta só essa formalidade. Nunca afirmei que acredito que o Joaquim Lara é o responsável. É apenas e até ao momento um suspeito e nada mais. Nem sequer é arguido [acusado] no processo. O que é necessário é por fim a esse inquérito, mesmo que se conclua que não foi possível encontrar o ou os responsáveis”.
 
Por fim, Pedro Proença ainda lembra que em caso de comprovação da participação do cuiabano, ele teria de ser julgado no Brasil: “Esta espera está fazendo mal a muita gente e cria instabilidade social. Se o Joaquim Lara for o responsável não pode ser extraditado para Portugal. A constituição brasileira não o permite. Teria de ser julgado no Brasil”.

Outro lado

O advogado de Joaquim Lara, Raphael Arantes, informou ao Olhar Direto que "até o momento, não tivemos nenhum tipo de informação ou chamada a Justiça. Me parece que está muito no campo da divagação. Após o depoimento à Polícia Federal, não tivemos mais nada. Os documentos dele continuam por lá, passaporte, comprovante de endereço e trabalho, tudo. Vamos aguardar a Justiça".

Polícia Federal

A assessoria de imprensa da Polícia Federal informou ao Olhar Direto que a representante da Interpol, em Mato Grosso, relatou que após o envio do termo de depoimento para as autoridades portuguesas, não houve nenhuma notificação referente a carta rogatório ou qualquer outro documento.
 
Revolta
 
O pai do jovem português Rodrigo Lapa, Sérgio Lapa, concedeu uma entrevista exclusiva ao Olhar Direto e relatou o drama que vive após a morte do garoto, que foi assassinado em fevereiro em Lagoa (Distrito de Faro, em Portugal). O cuiabano Joaquim de Lara Pinto, padrasto do menino, é apontado como um dos suspeitos do crime. Na entrevista, Sérgio afirma que mataria o responsável pelo crime e que descobriu o que era ódio após o homicídio.
 
O caso
 
O cuiabano Joaquim de Lara Pinto é alvo de investigação da Polícia Judiciária (PJ) de Portugal que apura a morte do enteado dele, Rodrigo Lapa, 15 anos, que foi encontrado morto a 100 metros de casa, em Lagoa, após uma semana de desaparecimento. O mato-grossense já tinha as passagens para o Brasil compradas um mês antes da morte do adolescente. Segundo a imprensa local, ele é apontado como o principal suspeito.
 
De acordo com as informações da imprensa local, o adolescente desapareceu no dia 22 de fevereiro de 2016, mesmo dia em que Joaquim retornou ao Brasil. Rodrigo Lapa foi encontrado com as mãos amarradas e uma corda atada ao pescoço. Segundo a mãe do garoto, Célia Barreto, o cuiabano já havia marcado a viagem há um mês.
 
Exames complementares divulgados pela Polícia Judiciária de Portugal apontam que o jovem Rodrigo Lapa, de 15 anos, foi morto por estrangulamento mecânico, provavelmente pelo braço de seu padrasto, o cuiabano Joaquim Lara Pinto. Depois se contradizer em vários depoimentos e alegar que padrasto e enteado tinham uma boa relação, a mãe do adolescente, Célia Lapa, confessou ter presenciado a agressão sofrida por Rodrigo e ouvido seus gritos no dia do assassinato.
 
Após uma discussão, Joaquim teria se escondido e esperado o adolescente sair do quarto para agarrá-lo pelo pescoço e arrastá-lo para a cozinha da casa onde viviam, mantendo-o imobilizado. De acordo com a imprensa portuguesa, a mulher alegou não ter contado isto à polícia antes por medo de que Joaquim fizesse alguma coisa contra ela ou contra a filha que tem com ele, que na época tinha seis meses. Mesmo assim, a mulher teria mantido contato por telefone com o companheiro após o crime.
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