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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Colniza

Disputa pela terra na gleba Taquaraçu do Norte já resulta na morte de 14 pessoas em 11 anos

Foto: Reprodução TVCA

Disputa pela terra na gleba Taquaraçu do Norte já resulta na morte de 14 pessoas em 11 anos
A vila de Taquaruçu do Norte - instalada na região de Colniza (a 1.065 km de Cuiabá) - ao longo de 11 anos já foi palco da morte de 14 pessoas. No último dia 20, nove homens foram mortos a tiros e golpes de facão.  Em 2006, cinco foram executados e outros dez torturados.


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Desde o dia  11 de dezembro de 2004, a justiça em Colniza concedeu reintegração de posse nos autos de ação no Processo nº 536/2004, à Cooperativa Agrícola Mista de Produção Roosevelt - Cooperosevelt da área intitulada "Assentamento Roosevelt – Gleba Taquaruçu do Norte", com 42.715 hectares, localizada no quilômetro 170 da Rodovia do Estanho, município de Colniza. 

No entanto, fazendeiros da região expulsaram os pequenos trabalhadores. No conflito, dez pessoas foram mortas.

Para combater o esquema de grilagem e violência, em 2007, a Polícia Civil deflagrou uma operação que levou à prisão 34 pessoas.

Para a Comissão Pastoral da Terra, a morosidade das ações, e a inoperância do Estado corroboram para que chacinas continuem a ser executadas. 

Com aumento de 33% nos casos de conflitos agrários, Mato Grosso foi o estado do Centro Oeste com maior número de crimes contra trabalhadores do campo em 2016. A Comissão  denuncia ainda que à sombra de ameaças e ataques contra suas lavouras, terras e vidas, eles seguem na mira de pistoleiros que estariam se organizando em associações criadas a partir do ostensivo investimento de fazendeiros para expandir a atuação.

De acordo com o coordenador estadual da CPT, Cristiano Cabral, desde 1985 mais de 130 pessoas, incluindo os nove mortos em Colniza, foram assassinadas em ações como estas, sendo que até hoje nenhum responsável foi punido.

Massacre em 2017 

Em 2017, foram assassinados os trabalhadores rurais mortos foram identificados como Sebastião Ferreira de Souza, 57, Izaul Brito dos Santos, 50, Ezequias Santos de Oliveira, 26, Samuel Antônio da Cunha, 23, Francisco Chaves da Silva, 56, Aldo Aparecido Carlini, 50, Edson Alves Antunes, 32, Valmir Rangeu do Nascimento, 55, e Fábio Rodrigues dos Santos, de 37 anos.

Após o crime, a Secretaria de Segurança Pública de Mato Grosso anunciou a criação de uma força-tarefa para investigar os crimes. Uma equipe composta por 32 profissionais se deslocou para a região para atuar no caso. Há informações de que pelo menos quatro 'encapuzados' atuaram na chacina. As polícias buscam a identificação dos mesmos. 
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