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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Escola da Arena segue exemplo de ginásio carioca e alimenta sonhos de 300 jovens atletas

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Escola da Arena segue exemplo de ginásio carioca e alimenta sonhos de 300 jovens atletas
Quem viu Cuiabá ser escolhida cidade-sede da Copa do Mundo de Futebol, em maio de 2009, não poderia imaginar que o então estádio José Fragelli – palco dos maiores e mais atrativos embates do futebol mato-grossense – cedesse lugar a uma escola, instalada onde foi construída a Arena Pantanal, no mesmo terreno do antigo Verdão.


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A Escola Estadual José Fragelli, inaugurada no dia 10 deste mês, foi criada para tentar aproveitar o espaço ocioso da Arena Pantanal, que recebe uma média de 500 pessoas por partida durante o Campeonato Mato-Grossense. Quando não há jogos – que ocorrem preferencialmente quarta e domingo – os camarotes do estádio dão lugar a 315 estudantes do Ensino Fundamental e Médio, que recebem ensino integral.

Todos foram escolhidos por meio de um processo seletivo elaborado pela Secretaria de Estado de Educação Esporte e Lazer (Seel). Os alunos foram atraídos à instituição por conta da proposta de dar foco à prática esportiva. Cada estudante teve direito de escolher, entre 10 modalidades, qual deseja praticar com mais foco e afinco. São os professores e educadores físicos, no entanto, que decidem em qual esporte o pequeno o jovem atleta tem mais aptidão.

“Eu escolhi basquete, já joguei em time escolar, eu era de uma escola de Várzea Grande. Mas essa escola aqui é uma grande escola, é uma escola excelente. Daqui há algum tempo eu acho que vai melhorar mais.
Quando sair daqui eu quero fazer uma faculdade e, se possível, jogar em uma equipe profissional”, conta o estudante Ítalo Mendes, de 15 anos, que quer seguir os passos do ídolo, o jogador Stephen Curry, ícone do basquetebol americano.

Apesar da criação da Escola da Arena ter sido bem sucedida até aqui, a realização da ideia não deixou de receber críticas principalmente por parte de entidades e pessoas ligadas ao futebol estadual, que veem a ação como um desvio de função do estádio.  

“As pessoas que estão contra estão contra não porque acham que a escola é ruim, elas estão contra porque imaginam que este espaço pertence a elas. E a gente tem algumas entidades esportivas que não concordam que não querem os alunos aqui, mas aí eu pergunto: vai fazer o quê com isso aqui?”, contra ataca o diretor Marco Antônio do Prado, convidado para gerenciar a escola.

O Secretário de Esporte e Lazer do Estado, Leonardo Oliveira, contou a reportagem do Olhar Direto que a mudança começou quando o governo estadual transferiu a responsabilidade pelo estádio da Secretaria de Estado de Gestão (Seges-MT) para a Seel, de onde Oliveira é titular.

“Eu falei ‘passa a Arena que nós vamos pensar alguma coisa para dar um pouco de vida’. E aí nós começamos a pensar o que fazer, os times aqui não enchiam e o futebol não se faz da noite para o dia. E com isso nós fizemos um estudo através do Ginásio Experimental Olímpico (GEO), no Rio de Janeiro, e eu pensei ‘porque não trazer isso para a Arena’?”, contou o secretário.  

Apesar das aulas serem ministradas no estádio, o campo de futebol não é utilizado pelos estudantes. O secretário alega que o espaço tem custo caro de manutenção. Por conta disso, o Ginásio Aecim Tocantins é o local onde os alunos praticam esportes e realizam as atividades extra sala. Além disso, a previsão também é de que um campinho seja construído na área externa para tentar solucionar a questão. 
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