A participação ativa das comunidades no policiamento preventivo, principalmente em bairros distantes da área central de Cuiabá, reduz em até 30% o índice de criminalidade, melhora a qualidade de vida e os próprios bandidos se sentem inibidos. A tese foi sustentada pelo comandante geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Jorge Luiz Magalhães, durante evento da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb).
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“Sabemos que temos que avançar muito mais. Porém, destacamos que estamos conseguindo atingir metas significativas, para garantir a segurança da sociedade. E, para isso, o respaldo das comunidades é fundamental”, observou Jorge Luiz. Ele lembrou que parcela considerável das informações que chegam à PM são repassadas por entidades comunitárias.
Jorge Luiz Magalhães destacou os avanços que a Segurança Pública na gestão do governador José Pedro Taques (PSDB), principalmente porque alcançou os investimentos, nos últimos dois anos, bem superior à média histórica. E, com isso, ele crê que aumenta a confiança nas forças de segurança, pois, de cada 100 ocorrências, 30 podem ser evitadas com a participação do movimento comunitário.
O presidente da União Cuiabana de Associações de Moradores de Bairros (Ucamb), Edio Martins de Souza, corroborou com a tese do comandante da PM de Mato Grosso. “Entre as principais reivindicações da sociedade está a segurança e, lógico, o movimento comunitário não pode se furtar de atuar firmemente, neste sentido”, ponderou Martins de Souza.
O presidente da Associação de Moradores, segundo Édio Martins, sabe quem é quem, no bairro. "Ele sabe quem oferece risco à comunidade", explicou o presidente da Ucamb.
Homenageado com o título de
cidadão comunitário, coronel Jorge Luiz observou que, em 2016, muitos Estados comemoraram a redução dos indicadores da violência e criminalidade na “casa” dos 4%, enquanto Mato Grosso fechou o ano com 16% em geral, sendo 21% na redução de homicídios.
O comandante geral da PM reforça a participação da comunidade no papel do combate ao crime. “São os líderes comunitários que prestam serviço voluntário tão relevante para sociedade contribuindo com a redução dos indicadores. Nós devemos muito para as lideranças comunitárias”, reconheceu Magalhães.
“Orientamos aos nossos militares para que busquem aproximação cada vez maior com todos comunitários, porque são eles que conhecem a realidade dos bairros e ajudam na ação policial”, sintetizou Jorge Luiz.
Alguns eixos são essenciais para os avanços no setor de segurnaça. “Nós atribuímos ao investimento maciço feito pelo Governo, como mais de 3.663 novos profissionais na segurança. Outro investimento importante foi o valor de mais de R$ 3 milhões, nos serviços de inteligência, para que possamos melhorar as nossas ações de enfrentamento, além da aquisição das novas viaturas”, citou ele.
“Também é importante enfatizar em relação à metodologia de trabalho e o profissionalismo reinante nas instituições. Mesmo com as dificuldades encontradas, todos têm contribuído”, complementou Jorge Luiz, ao lado de vários líderes comunitários, no auditório da Ucamb.
O secretário Jonail da Costa Silva, adjunto de Assuntos Comunitários da Prefeitura de Cuiabá, recordou que a parceria com a Polícia Militar e a Secretaria de Estado de Segurança Pública teve início na segunda metade da década de 1990. “Começou com as Companhias de Polícia Comunitária há mais de 20 anos e, depois, avançou significativamente com as Bases Comunitários de Segurança, a partir de 2007”, observou Jonail da Costa, que é vice-presidente da Ucamb e ex-presidente da Associação do Ribeirão do Lipa.
