O senador José Medeiros (PSD) solicitou, na sexta-feira (19), ao ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, informações sobre as operações de compra e venda de moeda estrangeiras realizadas pela JBS, que podem ter sido planejadas para gerar lucro à empresa com o abalo do mercado financeiro em decorrência das delações de Joesley e Wesley Batista, seus donos.

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No documento, José Medeiros questiona se esse tipo de negociação pode caracterizar o uso de “insade trader”, termo usado para quem, com informações privilegiadas, consegue ter lucro na bolsa de valores. Essa prática é tipificada como crime  na Lei 10.303/2001. Pode causar prisão de 1 ano e 5 meses a 3 anos, além de multa de até três vezes o valor do lucro obtido com a manobra.

A JBS comprou cerca de R$ 1 bilhão de dólares na quarta-feira (17), antes da divulgação da delação. No dia seguinte, a moeda norte-americana disparou devido aos momentos de tensão política, tendo tido um aumento de R$ 3,134 para R$ 3,40. Com isso, o grupo pode ter tido um lucre de mais de R$ 260 milhões.

A Comissão de Valores Monetários deve investigar também a venda mássica de ações da JBS em abril.