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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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ÁUDIOS COMPROMETEDORES

Presidente do PSD em Mato Grosso, Fávaro diz que delação de Joesley Batista é duvidosa

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Presidente do PSD em Mato Grosso, Fávaro diz que delação de Joesley Batista é duvidosa
Desde que foram divulgadas as gravações em que o presidente Michel Temer (PMDB) aparece supostamente dando aval para que o dono da JBS, Joesley Batista, compre o silêncio do deputado cassado e ex-presidente da Câmara dos Deputados Eduardo Cunha (PMDB-RJ), depois que ele foi preso na operação Lava Jato, uma série de partidos que compõem a base do atual Governo estudam uma debandada.


Presidente do Partido Social Democrático (PSD) em Mato Grosso, o vice-governador Carlos Fávaro classificou como “duvidosa” a delação premiada dos donos da JBS à Procuradoria-Geral da República (PGR), em que os áudios foram entregues, disse que os partidos devem aguardar uma apuração rigorosa dos fatos e defendeu que Temer não seja afastado em função de “denuncismos”.

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“Um empresário [Joesley] que nos últimos anos multiplicou diversas vezes seu patrimônio com dinheiro público, corrompendo gestores, formando cartel, comprando pessoas e, agora, quando a investigação chegaria a ele e ele seria punido, resolveu se prestar ao serviço de uma delação premiada de forma muito duvidosa e que atrapalha o bom desenvolvimento do país. Se nós não queremos políticos corruptos no Brasil, nós também não devemos admitir empresários corruptos que usam de qualquer meio para se beneficiar e se dar bem na vida. Se fez coisa ilícita [Temer], tem que ser afastado sim, mas dentro dos rigores das leis previstas, não dá para ser através de denuncismo como foi feito agora”, avaliou o vice-governador.

Fávaro afirmou que considera preocupante o cenário de incertezas que se instalou no Brasil depois que a operação da Polícia Federal acusou, além do presidente, outros políticos, seus assessores e até um procurador da República de corrupção.

As delações premiadas de Joesley e Wesley Batista já foram homologadas pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Edson Fachin, relator da Operação Lava Jato, o que dá validade jurídica ao acordo e permite novas investigações com base nos relatos.

Para o vice-governador de Mato Grosso, as reformas que vinham sendo analisadas no Congresso e no Senado devem ser aprovadas independentemente dos resultados da delação.

“O Governo Temer vinha fazendo reformas estruturantes muito importantes. Eu não vou defender corruptos ou alguém que cometeu ilícitos com o dinheiro público, em hipótese alguma, mas é importante dizer também que nós não podemos viver tamanha incerteza na busca do Poder a qualquer preço, isso é inadmissível”, disse.

“Que se apure e, se o presidente Michel Temer cometeu algum ilícito, que tramite o processo de afastamento e aí nós teremos um processo de novas eleições. Mas o que eu sou contra, nesse momento, é o denuncismo de quem não tem moral para fazer isso e só usou de modelos obscuros para enriquecer e, agora, para livrar a sua pele e morar no exterior acaba com o sonho de milhares de brasileiros”, acrescentou.
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