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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Coronel se declara suspeito e desiste de investigar ex-comandante da PM em esquema de grampos

Foto: Reprodução

Coronel se declara suspeito e desiste de investigar ex-comandante da PM em esquema de grampos
O coronel aposentado da Polícia Militar de Mato Grosso, Denézio Pio da Silva, se declarou suspeito e desistiu de investigar o ex-comandante da PM, coronel Zaqueu Barbosa e o cabo Gerson Luiz Ferreira Corrêa Júnior, presos na tarde da última terça-feira (23), acusados de participação no esquema de escutas ilegais que aconteceu em Mato Grosso nos últimos anos.


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Decisão aponta que Coronel mantinha “contato pessoal” com juízes para viabilizar grampos
 
Conforme as informações da Polícia Militar, o coronel informou que, desde que entrou para a reserva, atua como advogado e prestou serviços para o também coronel Zaqueu Barbosa. Portanto, ele se declarou suspeito para presidir o inquérito que irá apurar a conduta dos colegas.
 
O coronel que irá presidir o inquérito deverá ser anunciado ainda hoje pela Polícia Militar. O juiz Marcos Faleiros da Vara de Crimes Militares do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) apontou em sua decisão que o Coronel Zaqueu Barbosa mantinha contato direto com magistrados para que estes autorizassem os grampos ilegais. A afirmação está na sentença que determinou a prisão de Zaqueu e do cabo Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, que também é acusado de envolvimento no caso.
 
No texto, Zaqueu aparece como sendo responsável para viabilizar os grampos, mantendo para isso “contato pessoal” com os juízes. Já o cabo Gerson Correa seria o responsável por formalizar os pedidos, prorrogações e relatórios de inteligência dos grampos militares à Justiça.
 
Com relação à conduta individual do policial Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, quem supostamente fazia relatórios falsos de grampos militares, o magistrado considerou necessária a melhor investigação, uma vez que existem indícios de vários crimes. Entenda quais são:
 
Corrupção a pedido ou influência de outrem, descrito no artigo 308, §2º do CPM; também o crime de Falsidade ideológica, conforme o artigo 312 do CPM; organização criminosa, Lei nº 12.850/13; divulgação de segredo, descrito no artigo 228 do CPM; prevaricação, descrito no artigo 319 do CPM; falsificação de documento, art. 311 do CPM.
 
Por fim, a depender da conclusão das investigações, poder-se-á apurar eventual prática do crime de concussão, artigo 305 do CPM, e extorsão indireta, art. 246 do CPM, por parte do policial Gerson Luiz Ferreira Correa Júnior, totalizando contra si 09 supostos crimes.
 
Os grampos revelados na reportagem do Programa Fantástico, no dia 14 de maio, teriam atingido principalmente os adversários políticos do governador Pedro Taques (PSDB). Segundo a reportagem, o promotor responsável pela investigação do caso, Mauro Zaque, havia denunciado o caso ao governador. Mas Taques nega que tenha sido avisado.
 
O coronel Zaqueu pediu demissão em janeiro de 2016, após um atrito entre a cúpula da Polícia Militar e o então secretário de Segurança Pública (Sesp), Mauro Zaque, que é o responsável por denunciar o suposto esquema de escutas ilegais, que monitava números de diversas pessoas de relevância do Estado, incluíndo a deputada estadual, Janaína Riva (PMDB).
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