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Terça-feira, 16 de abril de 2024

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Crise na saúde

Hospitais filantrópicos voltam a cobrar repasses e ameaçam suspender serviços na sexta-feira

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Hospitais filantrópicos voltam a cobrar repasses e ameaçam suspender serviços na sexta-feira
Uma nota divulgada pelos hospitais filantrópicos de Mato Grosso classifica que a crise na saúde atingiu níveis “insuportáveis” este mês. A federação acusa o Governo do Estado de estar há dois meses sem pagar o custeio no valor de quase R$ 13 milhões para as Unidades de Terapia Intensiva - UTI e serviços essenciais como oncologia, incentivo de cirurgia, obstetrícia, entre outros. Caso o cenário não mude, eles novamente ameaçam suspender os serviços na próxima sexta-feira (26).


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Segundo a federação, as Santas Casas de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital Geral Universitário, Hospital Santa Helena e Hospital de Câncer estão passando por enormes dificuldades com fornecedores e pagamento do serviço médico. A presidente da FEHOSMT, Elizabeth Meurer, disse que a dívida está se acumulando desde 2015.
 
"No ano passado elencamos uma série de perdas que estamos tendo com a falta destes repasses para a Secretaria de Estado de Saúde, mas até agora não foi feito quase nada para nos tirar desta situação. O incentivo de custeio emergencial veio apenas por três meses e desde fevereiro as instituições não receberam mais este aporte”, disse Elizabeth.
 
A presidente ainda classifica como alarmante a crise vivida pelos hospitais: "Não sabemos mais como sanar essas dívidas, porque não temos mais perspectiva em mudar este cenário que nos encontramos. Porque quando paramos em dezembro do ano passado o ex-secretário Estadual de Saúde se comprometeu a fazer todos os repasses, mas já estamos com dois meses atrasados novamente nas UTIs e três meses em outros serviços como cirurgia cardíaca e obstetrícia".
 
Os cinco hospitais supracitados são responsáveis por atender 80% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e somam 3,5 mil internações por mês, sendo que o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral fazem cerca de mil partos ao mês. Em cada unidade são feitas aproximadamente 500 cirurgias por mês.
 
Por conta disto, a federação cobra do Executivo o pagamento dos valores atrasados o quanto antes e a elaboração de um cronograma para não deixar que os repasses voltem a atrasar. Elizabeth destaca que caso não seja feito o repasse na próxima sexta-feira (26) os hospitais irão paralisar os serviços.
 
“Essa é uma situação insuportável, porque estamos tentando reverter essa realidade. Mas, acabamos sempre batendo contra a parede de um Estado que não está solucionando os problemas dos hospitais filantrópicos e por consequência dificultando o acesso dos pacientes aos leitos e aos procedimentos".
 
Cada vez que um hospital regional paralisa seus serviços os hospitais filantrópicos ficam ainda mais sobrecarregados porque atualmente 50% de seus atendimentos já são para pacientes do interior do Estado e da Baixada Cuiabana.

Outro lado

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) informou que irá se posicionar ainda hoje sobre o tema.
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