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ELEFANTE BRANCO

Silval na Lava Jato: UOL denuncia R$ 115 milhões em aditivos para obras da Arena Pantanal

28 Mai 2017 - 09:31

Da Redação - Paulo Victor Fanaia Teixeira

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Arena Pantanal

Arena Pantanal

Considerado “elefante branco” da Copa do Mundo 2014, a Arena Pantanal foi novamente destaque na imprensa nacional. Desta vez na reportagem intitulada “Após R$ 3 bilhões em aditivos, nove estádios da Copa caíram na Lava Jato”, do portal UOL. A matéria, publicada na última sexta-feira (26), denuncia que a construção do estádio em Cuiabá recebeu aditivos que superaram em R$ 115 milhões a expectativa de gastos para conclusão das obras. Ainda, levanta suspeita de que o ex-governador Silval da Cunha Barbosa (PMDB), citado nas recentes delações da JBS, tenha recebido R$ 5 milhões do ex-secretário Eder Moraes. 


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Leia abaixo a reportagem completa:

A construção das arenas da Copa do Mundo de 2014 sempre foi cercada de suspeitas de corrupção, sentimento que cresceu com o aumento dos custos dos estádios em R$ 3 bilhões. Quase três anos após o início do Mundial, as investigações da Operação Lava Jato têm trazido luz e comprovado boa parte destas suspeitas, com nove arenas aparecendo nas delações premiadas.

Na Arena Pantanal também há investigação, mas ela ocorre fora da operação da PF (Polícia Federal). Abaixo, um panorama das acusações contra a construção dos estádios que sediaram a Copa de 2014.

Maracanã

Valor inicial: R$ 600 milhões
Valor final: R$ 1,05 bilhão


Investigados: O ex-governador do Rio Sergio Cabral (PMDB), integrantes do Tribunal de Contas do Estado e as empreiteiras Andrade Gutierrez e Odebrecht. Denúncia: Pagamento de propina de 5% do valor da obra a Sergio Cabral, ex-governador do Rio. O Tribunal de Contas do Estado também teria cobrado para aprovar a concessão do estádio.

Arena Corinthians

Valor inicial: R$ 240 milhões
Valor final: R$ 820 milhões


Investigados: Os deputados do PT Andrés Sanchez (ex-presidente do Corinthians) e Vicente Cândido (diretor da CBF), além da Odebrecht.

Denúncia: A Odebrecht entregou planilhas relatando pagamento de R$ 500 mil ao cartola corintiano e R$ 50 mil ao dirigente da CBF.

Mineirão

Valor inicial: R$ 426,1 milhões
Valor final: R$ 695 milhões


Investigados: Fernando Pimentel (PT), governador de Minas Gerais, JBS e HAP Construtora. Denúncia: Pimentel é acusado de pedir para a JBS comprar uma porcentagem do estádio por R$ 30 milhões. A HAP Construtora, uma das empresas que faz parte do consórcio da Minas Arena foi citada na delação de Joesley Batista como parte do esquema montado por Pimentel.

No depoimento, Joesley disse que deu o dinheiro pedido por Pimentel em troca de 3% do Mineirão que pertencia a HAP. As outras duas empresas que fazem parte do consórcio da Minas Arena, Construcap e a Egesa, são acusadas pelo MPF (MInistério Público Federal) de fazer parte de esquemas criminosos investigados no âmbito da Operação Lava Jato, porém sem ligação direta com o Mineirão.

As empresas que fazem parte do consórcio são ainda investigadas pelo Ministério Público de MG com a suspeita de fraudarem balanços oficiais dos jogos de Atlético-MG e Cruzeiro e desviarem R$ 35 milhões dos cofres públicos.

Mané Garrincha

Valor inicial: R$ 745,3 milhões
Valor final: R$ 1,4 bilhão


Investigados: A Andrade Gutierrez e os ex-governadores do DF Agnelo Queiroz (PT) e José Roberto Arruda (PR). Denúncia: Os ex-governadores do Distrito Federal José Roberto Arruda e Agnelo Queiroz estão presos e teriam pedido 1% de propina sobre o valor do estádio mais caro da Copa. A obra foi tocada pela Andrade Gutierrez.

Arena da Amazônia.

Valor inicial: R$ 515 milhões
Valor final: R$ 660,5 milhões


Investigados: Os ex-governadores do Amazonas Eduardo Braga (PMDB) e Omar Aziz (PSD) e a Andrade Gutierrez. Denúncia: A empreiteira afirma ter pago 10% sobre o valor da obra a Eduardo Braga e 5% a Osmar Aziz. O resultado da licitação teria sido combinado.

Arena das Dunas

Valor inicial: R$ 350 milhões
Valor final: R$ 400 milhões


Investigados: O senador Agripino Maia (DEM) e a OAS Denúncia: O parlamentar é acusado de receber propina para liberar financiamento do BNDES para a obra. O dinheiro estatal bancou 99% da construção do estádio, que teve o processo de licitação acertado pelo cartel de empreiteiras.

Arena Pernambuco

Valor inicial: R$ 529,5 milhões
Valor final: R$ 532,6 milhões


Investigados: Andrade Gutierrez e Odebrecht Denúncia: As empreiteiras teriam acertado quem ficaria com a obra. Há ainda suspeita de superfaturamento.

Fonte Nova

Valor inicial: R$ 591,7 milhões
Valor final: R$ 684,4 milhões


Investigados: Andrade Gutierrez e Odebrecht. Denúncia: O vencedor da licitação teria sido acertado entre as empreiteiras.

Castelão

Valor inicial: R$ 623 milhões
Valor final: R$ 518,6 milhões


Investigados: Andrade Gutierrez, Odebrecht e Queiroz Galvão. Denúncia: As empreiteiras admitiram que combinaram quem venceria a licitação.

Arena Pantanal

Valor inicial: R$ 454,2 milhões
Valor final: R$ 570,1 milhões


Investigados: O ex-governador Silval Barbosa (PMDB) Denúncia: Barbosa foi acusado de receber R$ 5 milhões em propina por Eder Moraes, ex-secretário da Copa no Mato Grosso. O dinheiro serviu para acelerar a contratação da obra. Mais tarde, Eder recuou. O governador está preso desde 2015 por suspeitas de liderar um esquema de benefícios fiscais e apareceu na delação da JBS.
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