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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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R$ 800 milhões

Deputados pedem que Botelho “devolva” ao Governo mensagem com pedido de empréstimo para concluir VLT

Foto: Marcos Lopes/ALMT

Deputados pedem que Botelho “devolva” ao Governo mensagem com pedido de empréstimo para concluir VLT
Quinze dias após a entrega da Mensagem do Executivo, que pede autorização da Assembleia Legislativa para contrair um empréstimo no valor de R$ 800 milhões junto à Caixa Econômica Federal, alguns deputados pediram para que o presidente da Casa, Eduardo Botelho (PSB), não a coloque em votação.


Os parlamentares citaram, durante a sessão vespertina desta quarta-feira (30), o relatório do Ministério Público, que se manifestou contrário ao acordo firmado entre o Governo do Estado e o Consórcio VLT. E, além disso, afirmaram que não há clima político para que a solicitação do Executivo seja atendida.

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“O Ministério Público nos deu um alívio, porque eu acredito que nós teríamos bastante dificuldade para derrubar esse projeto. A base do governo é muito forte e nós íamos ter que brigar muito aqui para tentar, realmente, segurar esse projeto”, avaliou o deputado Zeca Viana (PDT).

A Mensagem do Executivo foi entregue à Assembleia no dia 15 de maio, depois que o Governo recebeu sinal verde do ministro das cidades, Bruno Araújo (PSDB), da Caixa Econômica e da Secretaria do Tesouro Nacional, quanto a viabilidade do empréstimo.

Mais dura com as palavras, a deputada Janaína Riva (PMDB) disse que a aprovação da mensagem seria uma “aberração”, tendo em vista a crise enfrentada pela saúde pública do Estado.

“Seria uma aberração essa Casa votar esse empréstimo de R$ 800 milhões. Então eu quero fazer coro com os colegas de que isso [a mensagem] tem que ser devolvido ao Governo do Estado”, defendeu.

“Eu cansei de ver deputado da base do Governo, inclusive vossa excelência disse em uma reunião – me permita falar – que era contra a aprovação desse empréstimo. Não tinha sentido, graças a Deus antes disso ser aprovado, o Ministério Público interviu. E agora nós podemos voltar a nossa atenção para a saúde que eu acredito que hoje seja a nossa prioridade número um”, acrescentou, dirigindo sua palavra ao presidente do Legislativo. Botelho não falou durante a sessão e saiu da Assembleia sem conversar com os jornalistas.

De acordo com o líder do Governo, deputado Dilmar Dal’Bosco (DEM), havia uma sinalização de que o Ministério Público iria se manifestar favorável a continuidade das obras do VLT. No entanto, após essas expectativas serem frustradas, o deputado se disse contrário a implantação do modal em Cuiabá.

“Nós sabíamos que estava tendo uma pré-conversa para que fosse autorizada ou não a conclusão da obra. Desde que se iniciou essa conversa eu tenho me posicionado dizendo que não precisava ter um VLT aqui na Capital, até porque o custo era muito elevado. Eu vou ter que fazer uma análise junto com a equipe do Governo para saber qual vai ser o posicionamento de agora em diante, até porque agora tem o parecer do Ministério Público pela não continuidade” disse.

As declarações de Dilmar foram dadas antes de o Governo se posicionar sobre o relatório do Ministério Público. Ele afirmou que iria aguardar um pronunciamento para saber quais seriam as definições do Executivo, que por sua vez, reiterou, em nota, que seguirá defendendo a continuidade das obras no âmbito da Justiça.

O pedido dos deputados foi defendido, ainda, pelo deputado Silvano Amaral (PMDB) e por seus colegas José Domingos Fraga (PSD) e Oscar Bezerra (PSB), estes últimos da base de apoio do Governo.

Oscar Bezerra, que foi presidente da CPI das Obras da Copa, se disse feliz com a conclusão do Ministério Público e afirmou que o Estado e o próprio governador Pedro Taques (PSDB) estão se livrando de um “grande pepino”, caso o contrato com o Consórcio VLT seja rompido.

“Eu fico feliz porque o Estado está se livrando de um pepino e, talvez o governador não saiba, mas ele também está se livrando de um grande problema. Como dizia o deputado Wilson Santos, então secretário de Cidades, o maior escândalo de corrupção de Mato Grosso é o VLT”, afirmou.
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