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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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QUESTÃO DE SIGILO

Em depoimento, delegada da Polícia Civil inocenta Paulo Taques sobre ordem para grampos

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Em depoimento, delegada da Polícia Civil inocenta Paulo Taques sobre ordem para grampos
O ex-secretário Paulo Zamar Taques, da Casa Civil, solicitou à Inteligência da Secretaria de Estado de Segurança Pública (SESP) que investigasse possível risco à vida do governador José Pedro Taques (PSDB), mas não mandou grampear ninguém. O esclarecimento partiu da delegada Alana Cardoso, que à época respondia pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, em depoimento ao secretário Rogers Jarbas, titular da SESP.

 
Em depoimento no último dia 26, Alana Cardoso revelou que quando respondia pela Diretoria de Inteligência da Polícia Civil, recorria à interceptação telefônica, em parceria com promotores de Justiça do Gaeco, de modo a monitorar membros de organizações criminosas identificados nos presídios e para preservar a integridade do governador.
 
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A delegada explicou que os áudios seriam ouvidos por servidores da Polícia Judiciária Civil e da Polícia Militar, além de agentes penitenciários. Desta forma, foi montada a estrutura dentro da própria SESP.
 
Alana Cardoso esclareceu que a então secretária adjunta de Inteligência, delegada Alessandra Saturnino, revelou que havia uma ameaça à integridade física do governador Pedro Taques. E que, desta forma, havia necessidade de se apuara de maneira bastante profunda, porém, mais discreta possível, no que ficou conhecido como ‘Operação Forti’.
 
Por conta disso, operacionalizou a escuta nos telefones de Tatiana Sangalli e de Caroline Ariane Mariano, então secretária do gabinete da Casa Civil, como parte da investigação. Em seu depoimento, Alana deixa claro que nunca manteve contato com Paulo Taques e muito menos recebeu do então titular da Casa Civil qualquer pedido sobre os grampos, ou seja, usou o método das interceptações por iniciativa própria.
 
Alana Cardoso fez a revelação durante depoimento ao secretário de Estado de Segurança Pública, Rogers Jarbas, após a juíza Selma Arruda, da Vara Contra o Crime Organizado, encaminhar ofício à Corregedoria-Geral do Tribunal de Justiça, em que relatou a possibilidade de dois telefones terem sido grampeados de forma ilegal por meio de pedidos concedidos na Vara, no âmbito na “Operação Forti”, que nem chegou a ser deflagrada.
 
“Que aproximadamente no mês de março [de 2015], não se recordando ao certo, a delegada foi chamada à Secretaria Adjunta de Inteligência pela então secretária, doutora Alessandra Saturnino, a qual lhe relatou que havia uma ameaça ao governador Pedro Taques e que precisava que fosse apurado pela inteligência da maneira mais discreta possível, dada a sensibilidade", diz trecho do depoimento de Alana.
 
A então diretora de Inteligência da PJC  afirmou que devido à urgência dos fatos relatados, Alessandra Saturnino pediu para que os números  fossem inseridos na operação Forti. “Pois não havia na ocasião meio mais eficiente de garantir a segurança do governador e do secretário [da Casa Civil]”, justificou Alana Cardoso.
 
A Corregedoria Geral da Polícia Civil está reunindo todos os documentos do fato e deve notificar as pessoas envolvidas para prestar esclarecimentos.
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