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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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VOZ DA EXPERIÊNCIA

“É melhor comer canjica do que dormir com fome”, ensina Jaime Campos ao pedir que Fórum Sindical aceite RGA parcelado

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Jaime Campos tem sido um dos principais interlocutores de Pedro Taques, em diálogos sobre diferentes temas

Jaime Campos tem sido um dos principais interlocutores de Pedro Taques, em diálogos sobre diferentes temas

Do alto da experiência de mais de três décadas de vida pública e cinco mandatos, o secretário de Assuntos Estratégicos de Várzea Grande, ex-governador Jaime Campos (DEM), sugeriu ao Fórum Sindical que aceite a Revisão Geral Anual (RGA) em parcelas, em 2018, como foi proposto pelo governo de Mato Grosso. “Pelo que tenho acompanhado, o governador tem buscado construir o entendimento com diálogo. É bem melhor comer canjica do que dormir com fome.  Então, o caminho inteligente [para os servidores] é receber a reposição salarial de forma gradativa”, afirmou Jaime, após participar de evento no Palácio Júlio Domingos Fiote de Campos, em Várzea Grande.

 
Jaime Campos entende que o governador José Pedro Taques (PSDB) deseja valorizar o servidor público, já que Mato Grosso é o único, entre os 27 estados, que se dispõe a conceder a RGA. Mato Grosso do Sul desistiu, por causa do arrocho fiscal. E o Paraná, que concedeu em 2016, sequer cogitou implementar a RGA.

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“No caso do servidor público, o governador demonstra boa vontade, porque já está definido que vai dar a RGA, no percentual global em 2018, com aquilo que é compatível com a arrecadação. O servidor deve entender que, se dar aumento agora, depois o caixa do Estado não suportará. Isso aconteceu com a maioria dos estados da Federação. Não é nem para conceder RGA, mas para honrar a própria folha de pagamento. Vejam o caos [financeiro] que assola o Rio de Janeiro, Minas Gerais e o Rio Grande do Sul”, sintetizou o secretário municipal de Assuntos Estratégicos, que já foi governador de Mato Grosso, senador da República e três vezes prefeito de Várzea Grande.
 
O ex-governador e ex-senador entende que o governo está agindo corretamente, ao abrir a receita do Estado de forma transparentemente. Ele lembrou que há a exigência de cumprimento da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF). “A receita do Estado não tem registrado crescimento e, além disso, tem que se respeitar os limites da LRF, que estabelece quanto se pode gastar com as receitas correntes líquidas com o pessoal”, destacou ele.
 
“Talvez o encaminhamento não tenha sido ideal. Ninguém pode desconhecer que a sociedade não é somente servidor público estadual; Mato Grosso possui mais de três milhões de habitantes que necessitam dos serviços do Estado”, afirmou Jaime, sugerindo que Pedro Taques insista no envolvimento dos Poderes Legislativo e Judiciário, além dos órgãos autônomos – Ministério Público e Tribunal de Contas do Estado (TCE) para combater a crise financeira.
 
Jaime Campos lembrou que, em seu governo (1991-94), enfrentou situação idêntica a Pedro Taques, com crises em diversas áreas: política, econômica e institucional. Sobre o seu governo, Campos citou a forte crise econômica, inflação mensal superior a 60%, troca de titular na Presidência da República (saiu Fernando Collor de Mello, cassado, e entrou Itamar Franco), e, ainda, três mudanças na moeda – Cruzado Novo, Unidade Real de Valor (URV) e, enfim, o atual Real.
 
“É certo que todos têm que participar do entendimento, de forma transparente, respeitosa, civilizada. Todo o mundo participar: Judiciário, Legislativo,  Ministério Público e Tribunal de Contas. E, lógico, todo o mundo dá a sua contribuição”, sugeriu Campos, que tem sido interlocutor permanente do atual chefe do Poder Executivo.
 
“Não tenho dúvida alguma de que todos sabem que Mato Grosso depende da força do trabalho. Daquele cidadão que paga seus tributos e que certamente quer uma saúde de qualidade ao seu alcance. O cidadão exige estadas de qualidade para retirar a sua produção [da lavoura], tranquilidade em sua habitação, segurança pública para andar nas ruas e praças. E o governador Pedro Taques vai resolver isso, através do diálogo”, complementou Jaime Campos.
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