Após uma série de irregularidades contratuais, a empresa de recolhimento de lixo Ecopav, que atuava em Cuiabá desde 2012, teve o contrato rescindido com a Prefeitura e será substituída no dia 8 de julho pela Locar. Em entrevista coletiva concedida na tarde desta segunda-feira (12), o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), afirmou que o ponto decisivo para a troca se deu quando a administração precisou emprestar 14 caminhões de coleta ao empreendimento, que deveria estar atuando com 30 veículos na Capital.
Leia mais:
Fogo atinge duas casas e bombeiros resgatam criança de sete anos e mulher
Somam-se a isso, problemas financeiros e reclamações de servidores, que chegaram a realizar uma greve por falta de pagamentos neste ano. De acordo com Pinheiro, os repasses à Ecopav, estimados em R$ 1,7 milhões mensais, não tiveram nenhum atraso, o que não justificaria a situação. Ele garantiu ainda que os 300 funcionários, entre motoristas, garis e ajudantes, empregados na Ecopav, serão contratados pela Locar, graças a uma determinação da Prefeitura, pensada a fim de evitar que se crie um novo problema social.
Diante disso, de forma amigável, as partes envolvidas optaram pela medida, assinada na quinta-feira (8). “Como que no apagar das luzes de um contrato de cinco anos eu vou propor um realinhamento que vai aumentar muito um repasse mensal e comprometer o caixa do município? Eu fiz a proposta limpa e transparente, ou seja, o valor atual do contrato, que é de R$ 1,6 milhão, mais quatro por cento incidentes a partir de maio, que é o valor contratual que eu posso dar. A empresa não aceitou e de forma ética, sem causar problemas, protocolizou a rescisão do contrato”, disse.
Foi informado ainda que, com a formalização do cancelamento a gestão poderia optar por duas alternativas. A primeira seria um contrato emergencial para a prestação de serviço nos próximos quatro meses e a segunda, chamar o segundo colocado na licitação de 2012. O prefeito também garantiu que na próxima licitação haverá avanços no que diz respeito aos equipamentos, atendimento à população, e coleta seletiva, humanizando o tratamento do lixo ao longo de seu mandato.
“Eu considerei, até pelo princípio da continuidade administrativa e da economicidade, respeitar o contrato e chamar o segundo lugar ao invés de contratar uma empresa emergencialmente, que poderia ser qualquer uma. O segundo lugar é a empresa Locar, que já manifestou extra-oficialmente interesse em assumir, então temos agora 30 dias, começando desse mês até o dia 8 de julho para construir uma transição pacífica que não tenha nenhum impacto sobre a população cuiabana para que a empresa possa assumir o serviço até o fim do contrato, dentro de quatro meses”, reforçou Emanuel.
.jpg "Prefeitura rescinde contrato e substitui empresa de coleta de lixo após série de irregularidades")
