O governador Pedro Taques (PSDB) acaba de determinar a troca do comando da Polícia Militar em Mato Grosso após vazamento de informações sigilosas relacionadas ao caso dos grampos ilegais operados pela PM em Mato Grosso. O coronel Marcos Vieira da Cunha vai assumir o Comando Geral da PM no lugar do coronel Jorge Luiz de Magalhães, titular do cargo desde dezembro de 2016.
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O corregedor-geral da Polícia Militar de Mato Grosso, coronel Alexandre Corrêa Mendes, e o diretor da PM, tenente-coronel Victor Paulo Fortes Pereira, é que teriam vazado as informações. Eles teriam “alertado” os secretários de Estado, Evandro Alexandre Ferraz Lesco, da Casa Militar, e Airton Benedito Siqueira Júnior, de Justiça e Direitos Humanos sobre um possível mandado de prisão contra eles. José Adolpho de Lima Avelino Vieira, da Casa Civil, também teria sido avisado da prisão de Lesco e Siqueira Júnior.
Jorge Luiz de Magalhães com o governador Pedro Taques (Foto: José Medeiros/ Gcom)
Os três secretários, em posse da informação sigilosa, teriam procurado Pedro Taques, que por sua vez levou os fatos ao conhecimento do presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT), desembargador Rui Ramos. O governador pediu que o presidente do TJ tomasse as devidas providências contra os responsáveis pelo suposto vazamento do pedido de prisão.
Em nota, o presidente do Tribunal de Justiça afirmou que o fato não envolve “servidores, juízes do Judiciário, nem militares cedidos ao PJMT”. Disse ainda que, tão logo o governador lhe informou sobre o caso, encaminhou o ofício às autoridades competentes.
O desembargador Orlando Perri, relator do inquérito militar e que seria o responsável pela ordem de prisão dos secretários, disse que não se manifestará pelo fato do caso correr em segredo de justiça.
Entenda o caso
O coronel Siqueira Junior foi apontado pela 3ª sargento Andrea Pereira de Moura Cardoso, em depoimento prestado no dia 26 de maio, como um dos mandantes do esquema de grampos ilegais. Na época, Taques afirmou que não iria afastar o secretário porque não se faz demissões “com base em notícias de jornal”.
Já o coronel Evandro Ferraz Lesco seria o responsável por adquirir os equipamentos que supostamente eram usados para grampear ilegalmente cidadãos comuns no Estado.
A última nota enviada à imprensa pelo G-Com afirma que nenhum secretário do Governo teve prisão decretada até o momento. “Colegas, até o presente momento, exatamente às 15:42, nenhum secretário de Estado foi preso e sequer temos conhecimento sobre qualquer pedido oficial de prisão contra qualquer secretário. Agradeço pela atenção e sugiro cuidado com especulações”, diz a integra da nota enviada pelo secretário de Comunicação, Kléber Lima.
Novo comandante
Coronel Cunha tem 44 anos, dos quais 25 foram dedicados à Polícia Militar. Ele ingressou na instituição como soldado e fez carreira até chegar ao posto de coronel, em setembro de 2016. Durante 19 anos, coronel Marcos Vieira da Cunha atuou no interior do Estado.
O governador Pedro Taques e o secretário Rogers Jarbas agradeceram o trabalho desenvolvido pelo coronel Jorge Magalhães, que já foi comunicado pessoalmente da mudança, no período em que atuou à frente da instituição no Estado.
Atualizada às 16h30.
