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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Câmara de VG resiste em revogar moção de repúdio contra Guarda Municipal

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Câmara de VG resiste em revogar moção de repúdio contra Guarda Municipal
Mesmo com a repercussão negativa, inclusive a nível nacional, causada pela moção de repúdio movida pela Câmara de Vereadores de Várzea Grande contra a guarda municipal Steffany Anjos, os parlamentares têm resistido em revogar o processo que “censurou” a ação da agente. Autor da proposta que pretende invalidar a moção, o vereador João Tertuliano de Barros Filho, o Joãozito (DEM), afirmou a aprovação do projeto está nas mãos do presidente da Câmara, Chico Curvo (PSD), mas deve sofrer resistência.


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“Eu fui contra a criação da Guarda Municipal, mas hoje eu não vejo Várzea Grande sem a presença da Guarda Municipal. Este país é presidencialista, então, o presidente da Câmara, vereador Chico Curvo é quem vai decidir se volta ou não ao plenário para isso [revogar a moção de repúdio]”, afirmou Joãozito.

O democrata, que é primeiro-secretário da Câmara de Várzea Grande, foi um dos cinco vereadores que se abstiveram de votar a moção. Em sua justificativa, o parlamentar afirmou que deixou de votar, ainda que contra a proposta, para não se indispor com os 16 vereadores que aprovaram a propositura.

O vereador disse, ainda, que em nenhum momento concordou com a moção de repúdio e acusou seus colegas de parlamento de não lhe darem ouvidos, segundo ele, “porque velho tem que ser cego, surdo e mudo”.

“Eu me ausentei da sessão [que aprovou a moção de repúdio à Guarda Municipal] por não concordar com a iniciativa. E, se eu votasse contrário, haveria interpretação de voto contra os 16 vereadores que eram favoráveis. Preferi me ausentar do Plenário. Aqui não sou muito ouvido, porque ‘velho’ tem que ser cego, surdo e mudo. E, para não brigar nem provocar desavença, porque temos de conviver quatro anos juntos, muitas vezes nós temos de evitar confrontos”, pontuou.

Além de Joãozito, os vereadores Chico Curvo, João Madureira (PSC), Nilo Campos (DEM) e Gordo Goiano (PTdoB) também não votaram a favor da moção.

Consultado sobre o assunto pelo Olhar Direto, o secretário de Assuntos Estratégicos, Jayme Campos (DEM), que exerce forte influência sobre a administração municipal, sob o comando de sua esposa Lucimar Campos (DEM), preferiu ficar de fora do imbróglio.

“Essa é uma decisão que deve ser tomada pelo Poder Legislativo de Várzea Grande. Não cabe ao Poder Executivo interferir nisso. Os vereadores têm livre arbítrio para tomar o rumo que considerarem melhor para Várzea Grande. Me deixa fora dessa”, limitou-se.

Entenda o caso

Na última quarta-feira (28), 16 vereadores de Várzea Grande aprovaram a moção de repúdio contra a agente da Guarda Municipal Stefanny Anjos. Ela teve a conduta repreendida após aplicar uma multa ao vereador Edilei Roque de Cezaro, o Neni Chimarrão (PTC), que havia estacionado em local proibido, em frente à Prefeitura de Várzea Grande.

A moção de repúdio foi proposta pelo vereador Pedrinho Tolares (DEM). Além do autor e Neni Chimarrão, votaram favoráveis os vereadores Jânio Calistro (PSD), Gisa Barros (PSB), Fabinho (DEM), Ademar Jajah (PSDB) Carlindo Neto (PV), Sardinha (PTB), Nana (DEM), Rodrigo Coelho (PTB), Rogerinho da Dakar (PV), Doutor Carlos Garcia (PSB) Doutor Miguel (PSDB), Ferrinho (PT do B), Icaro Reveles (PSB) e Ivan dos Santos (PRB).

O caso ganhou notoriedade e chegou aos estúdios da Rede Globo de Televisão. Em vídeo divulgado nesta semana no Facebook, o apresentador do Vídeo Show, Otaviano Costa, elogiou a postura da profissional, que não se intimidou com o ato dos parlamentares e fez valer a lei de trânsito.

Em entrevista ao Jornal Hoje, da mesma emissora, Stefanny apenas riu e disse que não acreditou quando ficou sabendo do fato. “Como cidadã eu que faço uma moção de repúdio contra os 16 vereadores da Câmara. Eu estava apenas cumprindo o que diz a lei”, rebateu.

Ao Olhar Direto, a agente afirmou que sequer sabia a quem pertencia o veículo que estava autuando. “Na hora que multei não sabia de quem era o carro, mas se soubesse, teria agido da mesma forma. Pelo que sei, as leis foram feitas para todos”. (Colaborou Ronaldo Pacheco)
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