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GRAMPOS

Paulo Taques quebra silêncio: “Estão tramando contra mim para atingir o governador”

14 Jul 2017 - 00:55

Da Redação - Lucas Bólico e Ronaldo Pacheco

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Paulo Taques quebra silêncio: “Estão tramando contra mim para atingir o governador”
Depois de dois meses sem qualquer manifestação oficial desde que deixou a chefia da Casa Civil do Governo de Mato Grosso, o advogado Paulo Zamar Taques resolveu quebrar o silêncio para denunciar o que classifica como direcionamento nas investigações sobre os supostos grampos ilegais operados em MT. “Tenho convicção que estão tramando contra mim, em manobras obscuras, para atingir politicamente o governador", desabafou, em entrevista exclusiva ao Olhar Direto, concedida na noite da última quinta-feira (13). 


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Paulo Taques fez questão de vir pessoalmente à sede do Olhar Direto nesta noite porque enxerga a necessidade de se posicionar, no momento em que vê uma investigação direcionda por parte de autoridades que estariam visando atingi-lo sem direito à defesa e sem sequer ter a clareza do que está sendo ou não investigado. 
 
O advogado cita como elemento claro da armação contra ele o episódio sobre a invasão do comitê de campanha de Otaviano Pivetta, no ano passado, em Lucas do Rio Verde. O escritório de Taques prestou consultoria eleitoral para Pivetta em 2016 e os advogados montaram sua base em um hotel da cidade, mas descobriram que policiais teriam invadido o local sem autorização (entenda o caso aqui). 

Paulo diz que descobriu, com surpresa, somente agora, uma “inversão” dos fatos, uma vez que se considera vítima de espionagem naquela ocasião, mas soube que as imagens feitas pelos policias em 2016 agora estariam sendo usadas contra ele, nas atuais investigações sobre os grampos ilegais. Ele ainda sustenta que pessoas de Lucas do Rio Verde já foram ouvidas sobre o episódio, mas ele ainda não teve a chance de falar.

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Para conseguir dar sua versão dos fatos, Taques redigiu uma petição na qual detalha tudo o que aconteceu em Lucas do Rio Verde, solicita novamente informações sobre as investigações e pede providências sobre o que classifica como “trama covarde”. A petição assinada pelo advogado foi entregue a autoridades como desembargador Orlando Perri e o chefe do Ministério Público, Mauro Curvo (veja a íntegra da petição aqui).

O ex-secretário-chefe da Casa Civil concedeu entrevista ao Olhar Direto por mais de uma hora, na qual pontuou fatos que ocorreram desde a posse do governador José Pedro Taques (PSDB), em janeiro de 2015, até os bastidores que se sucederam após o desligamento do governo. O conteúdo da entrevista será dividido em mais reportagens.
 
“Sou advogado e estou atuando nessa condição neste assunto. Mas percebi que estou sendo tratado como investigado", ponderou Taques, que em mais de dois meses prestou apenas um depoimento sobre os grampos ilegais, na condição de testemunha, no inquérito que tramita na corregedoria da Polícia Civil e apura a conduta das delegadas envolvidas no caso e corre sob segredo de justiça.
 
Segundo ele, a cada dia surgem novos inquéritos, mas sem apontar as pessoas investigadas. "É uma surpresa atrás da outra. Todos os dias amanhecemos com um inquérito novo, sem que se saiba o nome dos investigados", argumenta.

Mas, segundo ele, todas as medidas legais estão sendo tomadas. "Estou ingressando com várias medidas para ter pelo menos o direito básico de saber se sou investigado".
 
Considerado homem forte do governo, Paulo Taques chefiou a Casa Civil até meados de maio, quando pediu demissão para cuidar da defesa do governador. A sua banca também advoga para o secretário de Estado de Justiça e Direitos Humanos (Sejudh), coronel Airton Benedito Siqueira Júnior, que era chefe da Casa Militar até o final do ano passado.
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