Olhar Direto

Terça-feira, 16 de abril de 2024

Notícias | Política MT

MAIS DE TRÊS DÉCADAS

Hoje na chefia da Casa Civil, na infância José Adolpho jogava futebol no teto do Gabinete do Governador

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

José Adolpho Vieira convive com segredos do Palácio Paiaguás desde a tenra idade, no final da década de 1970

José Adolpho Vieira convive com segredos do Palácio Paiaguás desde a tenra idade, no final da década de 1970

Embora seja considerado cristão novo na vida pública, principalmente no primeiro escalão do governador José Pedro Taques (PSDB), o secretário José Adolpho Avelino Vieira, chefe da Casa Civil, conhece como poucos a história e as entranhas do Palácio Paiaguás. Entre os governos Garcia Neto (1975-78), Cássio Leite de Barros (1978-79) e Frederico Campos (1979-83), o seu pai Carlos José Avelino Vieira passou oito anos em comando de secretarias de Estado – Governo, Casa Civil e Administração.

 
O pai Carlos José Avelino Vieira foi secretário de Governo, na gestão Garcia Neto; chefe da Casa Civil, no governo Cássio Leite de Barros; e, por fim, secretário de Estado de Administração no governo Frederico Campos. “O meu pai passou oito anos seguidos como secretário de Estado. E era viciado em trabalho. Sempre o primeiro a chegar e último a sair”, lembrou ele, em entrevista para o Olhar Direto.

Leia Mais: 
 - Homem forte e primo do governador, Paulo Taques deixa Casa Civil e é substituído por José Adolpho

- Batismo de fogo para José Adolpho na chefia da Casa Civil é votação da RGA na Assembleia Legislativa

“E, na época das férias, para ficar perto da gente, trazia os filhos para o trabalho. Este Palácio tinha uma estrutura muito diferente da atual. Não existia cobertura no telhado do palácio. Então, jogávamos futebol, no telhado, sobre o gabinete do governador. Hoje isso pode parecer surreal, mas, na época, era normal: final dos anos 1970 e início dos anos 1980, especialmente nas férias”, recordou ele, com uma ponta de nostalgia.

No mesmo período, o seu avô Ênio Carlos Vieira era conselheiro do Tribunal de Contas do Estado (TCE), num prédio muito mais acanhado que o atual. “Quando não era no Palácio, a gente [filhos] ia pra o TCE, pois o meu avô Enio Vieira tinha a mania de levar os netos para o TCE. O prédio da época, hoje, seria uma garagem do atual Tribunal de Contas. Atrás do Palácio Paiaguás já existia a lago, mas era só isso, porque o restante era mato”, avaliou o titular da Casa Civil, que gostava de ficar sobre o telhado do gabinete observando o local em que hoje foi instalado o Parque das Águas.
 
O ponto de referência do “fim da civilização”, na Avenida Jornalista Rubens de Mendonça (CPA), era a lanchonete Rangus, que funcionava dentro do esqueleto de um ônibus antigo. Somente pós 1979, quando o então governador Frederico Campos inaugurou o CPA-I (Morada da Serra) é que começou a ter movimentação. “A gente subia a Avenida do CPA e  tinha apenas o Rangus, próximo do viaduto. Vale lembrar que o CPA-I foi inaugurado pelo doutor Frederico Campos e era um ambiente diferente. Era quase uma chácara para ir lá”, brincou José Adolpho.
 
Pelo fato de ter familiares enfronhados na política José Adolpho Vieira enxergava tudo sem sobressaltos. Além do pai ser secretário de Estado e do avô conselheiro do TCE, ainda teve seu bisavô José de Souza Vieira, como prefeito de Poconé.
 
E, ainda, como homônimo, seu trisavô José Adolpho de Lima Avelino foi prefeito de Santo Antônio do Madeira, atual Porto Velho, antes de Mato Grosso passar por sua primeira divisão (1943) e dar origem ao Estado de Rondônia. Depois, José Adolpho de Lima Avelino se elegeu deputado estadual, em 1924, e se mudou para Cuiabá, para exercer o mandato parlamentar.  
 
“Hoje, como secretário, é um diferencial que vou levar pelo resto da minha vida. Sou concursado numa autarquia: fiscal no Conselho Regional de Administração [CRA], desde 2006”, lembrou Avelino Vieira. Ele também foi assessor parlamentar do então deputado Joaquim Sucena Rasga e, antes, trabalhou na antiga Companhia de Saneamento da Capital (Sanecap), quando o presidente era Marcelo Padeiro de Oliveira, na administração Roberto França (1997-2004).
 
“Eu nasci em Belo Horizonte, Minas Gerais, porque minha mãe  Suzana Vieira
é mineira e foi até BH ter o primeiro filho. Ela se sentia melhor lá. Mas a família do meu pai é toda de Cuiabá”, complementou José Adolpho Vieira, com forte sotaque cuiabano.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet