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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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Após reunião

Governo e Prefeitura seguem sem solução para endividamento de hospitais filantrópicos

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Governo e Prefeitura seguem sem solução para endividamento de hospitais filantrópicos
Sem solução para o problema do endividamento e déficit de repasses aos hospitais filantrópicos da Capital, o governador Pedro Taques (PSDB) e o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), se reuniram com representantes das unidades na terça-feira (18). Na reunião ficou concluído apenas que existe a necessidade de que se resolvam as contas internas. Atualmente, R$ 8 milhões estão disponíveis para atenção básica aos municípios, sendo que, apenas as entidades precisariam de R$ 5 milhões mensais. 


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Com o grande impacto do custeio dos hospitais como tema central da reunião, os envolvidos explicaram ao governador que estão com as contas no limite. Após o debate, o secretário adjunto da pasta de Saúde, Wagner Simplício, afirmou que será necessária uma revisão das contas internas para adequar a situação. Diante de falta de soluções, os gestores deverão se reencontrar essa semana, após reuniões com suas respectivas equipes econômicas, para debater as alternativas.

No final de maio, quando as unidades ameaçaram paralisar os serviços por falta de repasses, a Federação das Santas Casas, Hospitais e Entidades Filantrópicos Prestadoras de Serviço na Área da Saúde do Estado de Mato Grosso (FEHOSMT) reforçou as dificuldades enfrentadas.

As Santas Casas de Cuiabá e Rondonópolis, Hospital Geral Universitário, Santa Helena e de Câncer são responsáveis por atender 80% da população pelo Sistema Único de Saúde (SUS) e somam 3,5 mil internações por mês. O Santa Helena e o Geral realizam ainda cerca de mil partos, além de 500 cirurgias mensais.

“Os hospitais filantrópicos apresentaram para o Estado seus déficits, pedindo então um aporte para a Secretaria de Estado de Saúde. Da mesma forma, nós colocamos as dificuldades que existem hoje no Governo do Estado, na Secretaria de Saúde, e o esforço que nós estamos tendo no sentido de buscar o equilíbrio das contas, fiscal e orçamentário, para diminuir os custos e garantir a credibilidade junto aos fornecedores e compras de serviços e, assim, manter o fluxo”, explicou o adjunto.

O secretário-adjunto pontuou que há um impasse para que se possa encontrar um novo recurso que venha a sanar a situação. “Sem novo dinheiro para o governo e para a Secretaria de Saúde, não há como aumentar o endividamento da Secretaria e resolver esse déficit. Portanto, chegamos à conclusão de que existe a necessidade de revermos as nossas contas internas. O governo fará o seu dever de casa”.

Simplício argumentou que há uma solicitação do prefeito de Cuiabá para que seja realizado um estudo interno com a equipe técnica tanto no governo do Estado quanto na prefeitura. “Nós vamos fazer todo esforço no estudo das contas das entidades filantrópicas para que possamos verificar a possibilidade de haver alguma transferência extra” disse, salientando que o Estado passa por dificuldades orçamentárias.

Emanuel Pinheiro afirmou que sua gestão está afinada com o governo do Estado e se colocou como parceiro na solução do problema com as entidades filantrópicas. "Temos que nos unir cada vez mais para superar essa tempestade e essa instabilidade na saúde pública. Os filantrópicos são fundamentais para garantir uma saúde pública humanizada. Eles atendem o interior do Estado, então é hora de cada um reunir a sua equipe, tentar esticar a corda e buscar as alternativas para evitar que a saúde pública entre em colapso com a instabilidade na situação dos filantrópicos”, disse.
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