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Quarta-feira, 17 de abril de 2024

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Justiça determina quebra de sigilo de responsável por desviar R$23 mi de cooperativa

Foto: Lenine Martins

Delegado Adil Pinheiro

Delegado Adil Pinheiro

Após pedido do delegado da Polícia Judiciária Civil de Campo Novo dos Parecis (396km de Cuiabá), a justiça bloqueou os bens do principal operador de um esquema milionário contra uma cooperativa de produtores na cidade, o ex-gerente financeiro da cooperativa, Nivaldo Francisco Rodrigues.


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Nivaldo é acusado de ter comandado um esquema que desviou R$23 milhões da cooperativa. Além dos bens bloqueados, foi autorizada a quebra de sigilo financeiro, fiscal e bancário dele e sua esposa.

De acordo com a assessoria da PJC, o delegado havia pedido, ainda, prisão preventiva, que não foi deferida. No entanto, foram aplicadas medidas cautelares como o monitoramento eletrônico por meio de uso de tornozeleira;  prazo de 24 horas, a contar da notificação, para apresentar comprovantes de endereço que poderá ser localizado; não se ausentar do município, sem nenhuma hipótese, sem prévia autorização judicial; comparecer mensal em juízo; comparecer, sempre que for intimado, a todo os atos processuais tanto perante a autoridade policial, como em juízo, proibição de frequentar a Cooperativa, bares, festas, forró e congêneres enquanto durar o processo.

Segundo a investigação, o grupo liderado por Nivaldo aplicava crimes de furto qualificado pelo abuso de confiança e mediante fraude, associação criminosa e lavagem de dinheiro. Tudo começou em 2011, e seguia até hoje, pelas mãos de cooperados e também pessoas de fora da Cooperativa.

Em maio de 2017, a polícia determinou o desligamento do chefe do esquema criminoso, mas, ainda houve uma tentativa de desvio depois disso, quando Nivaldo ligou para empresa solicitando que fosse realizado um pagamento de R$ 467 mil em favor de uma pessoa.

Em decisão da Juíza de Direito Claúdia Anffe Nunes da Cunha, na última sexta (21), foram bloqueados 15 imóveis em Campo Novo dos Parecis, sete bens localizados em Juína, Cuiabá e Paraná, além de recursos financeiros, automóveis e gado.

"A Polícia Judiciária Civil vai aprofundar as investigações, pois há fortes indícios da participação de outras pessoas. Alem das empresas de fachada usadas para desviar o dinheiro", informou o delegado Adil Pinheiro.

Para chegar a essa conclusão, a Polícia Civil encontrou farta documentação que prova o enriquecimento ilícito do investigado, Nivaldo Francisco, nos últimos anos. "Encontramos provas da movimentação de milhões de reais em curto espaço de tempo. Aquisição de muitos imóveis, rurais e urbanos, além de automóveis, contratos de aluguel, anotações sobre a construção e imóveis com gastos na casa de centenas de milhares de reais", disse o delegado.

A Cooperativa vítima tem 46 cooperados, divididos em 19 famílias, sendo quase a totalidade dessas famílias residentes Campo Novo do Parecis e constituiem parte importante dos geradores de renda e emprego da cidade.
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