A corregedoria da Polícia Judiciaria Civil (PJC) abriu processo para investigar a conduta do investigador que registrou o boletim de ocorrência de um homem que se dizia ‘corno assumido’, na cidade de Cáceres (220 km de Cuiabá). O comunicante foi ouvido na última sexta-feira (21) pela delegada Cinthia Gomes da Rocha e ratificou o que consta do BO.
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Conforme assessoria da PJC, o prazo para conclusão da apuração ainda não está previsto. No processo será apurada a conduta do policial e os termos usados pelo mesmo em um documento público, mesmo que a narrativa seja de inteira responsabilidade do comunicante.
O caso teve grande repercussão nos últimos dias, devido aos termos vulgares utilizados na narrativa do boletim.
Entenda o caso
Um investigador da Polícia Judiciária Civil (PJC) de Cáceres registrou um boletim de ocorrências um tanto incomum, na segunda-feira (17). No documento, são utilizados diversos termos chulos e ofensas contra uma mulher. Quem a denunciou foi o marido, que alegou tê-la flagrado com outro. A assessoria de imprensa da instituição alega que o policial apenas foi “fiel” ao depoimento.
No boletim de ocorrências é descrito que o denunciante teria arrumado uma mulher “bonita e gostosa” e que depois de alguns dias “apareceu um homem e cochou a morena na sua cara e ainda fez o comunicante ficar olhando a morena fuder com outro”. Por conto disto, o homem alega que murchou o pneu da bicicleta dela, em um acesso de raiva, para que ela deixasse de “colocar chifre na cabeça” dele.