O presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Eduardo Botelho (PSB), confirmou que está em fase final de negociação a sua filiação ao partido Democratas. Representado em Mato Grosso pelo também deputado Dilmar Dal’Bosco e pelo líder Jayme Campos, o DEM deve agregar, ainda, outros deputados e prefeitos dissidentes do PSB, com exceção de Oscar Bezerra e do ex-prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que estudam ir para o PP.

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“Provavelmente. Nós estamos já 90% fechados com o DEM. Nós já estamos sem esperança”, afirmou Botelho, ao ser questionado sobre a possibilidade de Fabio Garcia conseguir retomar judicialmente a presidência estadual do PSB.

Nesta terça-feira (01), Fabio Garcia disse, em entrevista ao Olhar Direto, que iria até as últimas instâncias para resgatar o comando do PSB, que voltou para as mãos de Valtenir Pereira, graças a uma decisão do juiz Wagner Pessoa Vieira, de Brasília.

O magistrado determinou que Garcia reúna mais documentos e faça suas retificações em um prazo máximo de 15 dias.

Todavia, prevendo uma decisão em desfavor dos dissidentes, o grupo já se movimenta para a escolha de um novo partido, até que seja possível realizar a troca de legenda. A expectativa é de que o Congresso aprove uma janela partidária até outubro.

Sem Mauro Mendes

Botelho afirmou que o desejo do grupo de Fabio Garcia – composto por Mauro Mendes, Adilton Sachetti, Max Russi, Eduardo Botelho, Oscar Bezerra, Mauro Savi e Suelme Evangelista – é permanecer unido.

No entanto, a ida para o DEM deve provocar um racha neste grupo. Isto porque, corre nos bastidores que Mauro Mendes não irá acompanha-los, em função de uma rusga antiga com um dos principais nomes da sigla, o ex-senador Jayme Campos.

Além disso, Oscar Bezerra já anunciou, conforme divulgado pelo Olhar Direto, que irá para o PP, de Blairo Maggi. Fontes afirmam que a tendência de Mauro Mendes é seguir pelo mesmo caminho, e encabeçar a majoritária do Partido Progressista em 2018.

“Eu acho que são dois nomes possíveis [Jayme e Mauro], lá na frente é que a gente vai ver quem aglutina mais politicamente. Mas isso se o Mauro vier para o DEM, porque ele ainda não nos sinalizou nada. Ele disse que só vai falar sobre política no ano que vem”, minimizou Botelho, ao ser questionado sobre qual seria o principal nome, dentro do DEM, nas próximas eleições.

Botelho disse, ainda, que as divergências entre Campos e Mendes tinham cunho político, e que, por não serem desavenças pessoais, a situação já estaria superada.