O deputado Dilmar Dal’Bosco, líder do Governo na Assembleia Legislativa, saiu em defesa da gestão Pedro Taques (PSDB) e rebateu as declarações dadas pelo presidente da Associação Mato-grossense dos Municípios (AMM), Neurilan Fraga (PSD), que comparou o tucano ao ex-governador Silval Barbosa (PMDB), por conta dos atrasos nos repasses para a saúde. “Ele que venha nos dizer onde tem dinheiro”, disparou o deputado.

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“Falta dinheiro, o presidente da AMM parece que tem bola de cristal, pois ele que venha nos dizer onde tem dinheiro. Nós já falamos sobre várias alternativas, tirar dinheiro de Fethab, algo que nunca se discutiu nos governos anteriores, os municípios poderiam ajudar o Governo do Estado, ou tirar dos Poderes, mas também não houve entendimento. Cogitamos taxar o óleo diesel, mas o Governo Federal veio e aumentou a alíquota a nível nacional. Tudo isso são sugestões, nós estamos buscando”, destacou Dilmar, que reafirmou na última quinta-feira (16), em entrevista coletiva, que somente uma fonte nova de recursos poderia resolver a crise na saúde mato-grossense.

Segundo Neurilan, a falta de regularidade do pagamento dos repasses da saúde tem prejudicado as prefeituras no planejamento e execução de programas da atenção básica. Ele também deixou a entender que não vê empenho do Governo do Estado em solucionar o problema da saúde em Mato Grosso devido à falta de atividade da comissão especial criada para tratar desse assunto.

“Já ouvi um ditado popular que fala assim: Se você não quer resolver a situação, crie uma comissão. Getúlio Vargas dizia isso. O que estou percebendo é que parece estar caminhando para esse rumo. O governador constituiu uma comissão, definiu o número de participantes, seriam seis prefeitos, seis deputados estaduais, a equipe econômica do Governo do Estado e então foi feita só uma reunião logo em seguida e, de lá para cá, não aconteceu mais nenhuma”, resumiu Neurilan Fraga, no lançamento do programa Municípios Sustentáveis, na semana passada.

“Nós temos obrigatoriedade com os hospitais regionais e também os repasses com a saúde dos municípios. Agora, neste momento o Governo vai chamar para si, novamente, a responsabilidade com os filantrópicos, para ajuda a resolver esse problema. Nós não temos contratos com os filantrópicos e o Governo respeitou a decisão do secretário de Saúde. Mas o governador recua quando a Assembleia interfere e pede, porque os hospitais filantrópicos são muito importantes para Mato Grosso”, defendeu Dilmar, dando por encerrado o assunto.