Em meio a incerteza quanto ao pagamento dos repasses por parte do Governo do Estado aos hospitais filantrópicos de Mato Grosso, o deputado estadual Guilherme Maluf (PSDB), empresário no ramo, afirmou que nem mesmo a rede privada daria conta de atender a demanda de pacientes que atualmente são assistidos pelo Sistema Único de Saúde (SUS).

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“Mato Grosso não tem como ficar sem os filantrópicos. O problema é a prestação de serviço, que não tem quem faça isso. A alta complexidade do SUS, 90% são eles que fazem. Pontualmente, com algumas liminares, os hospitais particulares fazem, mas nem que quisesse mandar os privados fazerem o serviço não tem vaga, os hospitais particulares estão no limite da sua ocupação. Não tem onde colocar esses pacientes”, avaliou o deputado.

A preocupação de Maluf se dá por conta da ameaça de a Santa Casa de Misericórdia de Cuiabá, o Hospital Santa Helena e o Hospital Geral Universitário, junto com a Santa Casa de Rondonópolis, paralisarem todos os tipos de atendimento, caso não haja repasse de novos recursos. Os diretores dos hospitais afirmam que não há mais verba para continuar atendendo.

Na última quarta-feira (16), Antonio D' Oliveira Gonçalves Preza, presidente da Santa Casa, afirmou que a paralização integral dos atendimentos está suspensa até que se encontre uma solução junto ao Governo do Estado.

O Executivo, por sua vez, se comprometeu a conversar com os diretores das entidades e deputados estaduais para chegarem a um consenso. Preza disse acreditar que após a reunião com o governador Pedro Taques, uma solução deve ser encontrada.

“Nós vamos sentar com o governador novamente. A conversa que ocorreu anteriormente foi com o secretário anterior, o João Batista, e quando ele saiu não parece que teve uma continuidade de conversa com o novo secretário. Mas a gente tem certeza de que, o que o governador disser que vai fazer pelos filantrópicos, ele vai cumprir”, disse, em coletiva de imprensa.