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CPI DO PALETÓ

Sem assinaturas suficientes, oposição deixa "em aberto" requerimento de CPI contra Emanuel Pinheiro

29 Ago 2017 - 11:59

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco/ Da Redação - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Sem assinaturas suficientes, oposição deixa
Apenas seis vereadores, como havia estimado o Olhar Direto, se manifestaram a favor da abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) para investigar o prefeito de Cuiabá, Emanuel Pinheiro (PMDB), acusado de receber propina do ex-governador Silval Barbosa (PMDB). O requerimento foi apresentado pelo vereador Marcelo Bussiki (PSB), durante a sessão matutina desta terça-feira (29), mas segue "em aberto" para colher mais apoio.


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“A abertura de uma CPI está fundamentada no regimento interno dessa Casa. Eu peço apoio dos colegas, para que possa abrir com a gente um procedimento de apuração. É necessário que a Câmara faça a apuração dos fatos, ninguém está condenando ninguém neste momento, mas é uma resposta que a sociedade exige”, argumentou Bussiki, durante a análise do requerimento.

Momento depois, o vereador acabou retirando o requerimento da pauta de votação, sob a justificativa de tentar aglutinar os três votos que faltaram para que a CPI pudesse ser aberta. Além de Bussiki, somente os vereadores Felipe Wellaton (PV), Abílio Júnior (PSC), Joelson Amaral (PSC), Dilemário Alencar (PROS) e Gilberto Figueiredo (PSB) se manifestaram favoráveis à abertura do procedimento.

“A gente tem até quinta-feira, esses três votos ainda podem aparecer. Mas não aparecendo nós estamos finalizando um estudo e devemos apresentar uma denúncia de infração político-administrativa, que é um passo individual. Na pior das hipóteses, na próxima terça-feira isso vai estar pronto, essa denúncia”, afirmou Joelson Amaral.

O grupo de ativismo político Movimento Brasil Livre (MBL) de Mato Grosso chegou a organizar um protesto desde o início da manhã desta terça-feira, na Câmara de Cuiabá. O manifesto reuniu cerca de 50 pessoas e, segundo apurou a reportagem, mais de 100 pessoas acompanharam a sessão na Câmara Municipal de Cuiabá. Muitas pessoas acabaram ficando para fora, já que não havia mais lugares disponíveis.

Os manifestantes gritavam palavras de ordem como “Renúncia, Emanuel”, “Emanuel Pinheiro devolve meu dinheiro” e “Vergonha”. Eles também carregavam cartazes pedindo que o prefeito renunciasse ao cargo.

O vereador Gilberto Figueiredo (PSB) disse que chegou a ser abordado por eleitores na Feira do Porto, que os questionaram “se havia mensalinho na Câmara de Cuiabá”.

O parlamentar convocou o prefeito para prestar esclarecimentos na próxima quinta-feira (31), durante a sessão plenária. “Se for para ser omisso e enfiar a cabeça no chão como avestruz, seria melhor renunciar”, disparou o vereador.

Base forte

O líder de Emanuel na Câmara, Lilo Pinheiro (RP) - que é primo do prefeito -, encabeçou o movimento contrário a abertura do procedimento que deveria apurar a conduta de Emanuel Pinheiro nos vídeos que foram entregues por Silval Barbosa, em seu acordo de delação premiada.

“Uma CPI da Câmara não pode extrapolar as atribuições do Poder Legislativo. As imagens são chocantes, mas o fato ocorreu quando Emanuel exercia o cargo de deputado estadual. Essa suposta acusação feita pelo ex-governador Silval Barbosa deverá ser explicada, pelo prefeito Emanuel Pinheiro, assim que ele tiver todos os autos da delação em mãos”, justificou o líder.

Embora o sigilo da delação premiada tenha sido retirado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Luiz Fux, na última sexta-feira (25), e amplamente divulgado pela imprensa, até o final da manhã desta terça-feira Emanuel Pinheiro não havia dado nenhuma declaração sobre o fato. Em uma publicação no Facebook, na semana passada, o peemedebista disse que não iria se manifestar por orientação dos seus advogados.

De acordo com Lilo, nos próximos dias Emanuel deverá fazer um pronunciamento oficial, esclarecendo sua participação no alegado esquema delatado por Silval Barbosa. 
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