Protagonista de vídeos contidos na delação de Rodrigo Barbosa, filho do ex-governador Silval Barbosa (PMDB), em suposta negociação de propinas, o deputado estadual Wagner Ramos (PSD) afirma ter sido vítima de uma armação, assim como outros parlamentares. De acordo com ele, a reunião com Rodrigo era para tratar de negócios: Um garimpo em Nossa Senhora do Livramento.

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“Foi uma grande armação. Eu tenho testemunha que foi comigo. Foi um assunto de um garimpo em Nossa Senhora do Livramento. Fui tratar com ele junto com um amigo que é geólogo, que é companheiro e sabe o que fomos lá fazer. Aí depois ele pediu para o rapaz sair da sala e começou aquela gravação esdrúxula perguntando para mim ‘e a CPI das Obras da Copa?’”, disse Wagner Ramos.

O parlamentar ainda faz um apelo para imprensa interpretar a conversa para verificar que ele não fez pedidos a Rodrigo Barbosa. Além disso, ele conta não ter ido ao Palácio Paiaguás no dia em que Silvio César gravou a entrega de dinheiro porque o “tino jornalístico” – Wagner é jornalista – o fez perceber que havia algo de errado.

Para ele, todos os parlamentares filmados recebendo dinheiro foram vítimas de uma armação. “Essa questão do mensalinho é uma tremenda fraude, uma mentira, uma armação para cima dos deputados para depois poder justificar a roubalheira no Estado de Mato Grosso”, afirmou.

Wagner pondera que era necessário existir 24 vídeos por mês se realmente existisse o “mensalinho”, mecanismo de propina para garantir apoio dos deputados estaduais ao então governador Silval Barbosa. O deputado também afirmou que nunca participou de qualquer reunião para acertar a aprovação das contas de 2014 do Governo do Estado.

“Nossos advogados estão trabalhando para juridicamente resolver, mas nós sabemos da nossa inocência. Sabemos da nossa responsabilidade como parlamentar. E de forma alguma iria fazer propostas indecorosas, indevidas a Rodrigo Barbosa”, concluiu.