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Sábado, 20 de abril de 2024

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Fagundes é o membro da CPI da JBS que mais recebeu recursos da empresa

Foto: Rogério Florentino Pereira/ Olhar Direto

Senador Wellington Fagundes

Senador Wellington Fagundes

O senador Wellington Fagundes (PR) e o líder da bancada de Mato Grosso, deputado federal Victório Galli (PSC), são membros da CPMI da JBS que receberam recursos da empresa por meio de doações na campanha de 2014. Reportagem publicada no portal Uol revela que dos 34 titulares da comissão, pelo menos oito receberem recursos da JBS na última disputa eleitoral. Dentre eles, Fagundes foi o que ficou com o maior volume de recursos.

 
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“Os valores somados das doações eleitorais feitas pela JBS, que pertence ao grupo J&F, chegam a R$ 3,9 milhões. Quase 50% desse valor, entretanto, foi doado ao senador Wellington Fagundes (PR-MT). Já o menor valor doado foi para o deputado Victório Galli (PSC-MT), de R$ 30 mil”, diz trecho da reportagem.
 
 
O próprio relator da CPMI, Carlos Marun (PMDB-MS), está entre os beneficiários, com R$ 103 mil da empresa injetados em sua campanha, via repasse de outros candidatos.
 
 
Caberá à CPMI investigar possíveis irregularidades nas operações da holding J&F, dona da JBS, com o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), entre 2007 e 2016. A suspeita é a de pagamento de propinas para obter financiamentos do banco.
 
Confira abaixo a íntegra da reportagem de Uol, assinada por Venceslau Borlina Filho:
 
Ao menos oito dos 34 deputados e senadores titulares nomeados para a CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) da JBS receberam recursos da empresa como doação de campanha nas eleições de 2014.
 
Os valores somados das doações eleitorais feitas pela JBS, que pertence ao grupo J&F, chegam a R$ 3,9 milhões. Quase 50% desse valor, entretanto, foi doado ao senador Wellington Fagundes (PR-MT). Já o menor valor doado foi para o deputado Victório Galli (PSC-MT), de R$ 30 mil.
 
Entre os beneficiados das doações também está o deputado nomeado para relatar a CPMI, Carlos Marun (PMDB-MS). Integrante da tropa de elite do presidente Michel Temer, ele recebeu R$ 103 mil da empresa, via repasse de outros candidatos.
 
O nome de Marun não foi consenso e acabou resultando na saída de dois senadores da comissão, Otto Alencar (PSD-BA) e Ricardo Ferraço (PSDB-ES). Nos bastidores, integrantes acreditam que as investigações podem blindar Temer.
 
O deputado relator foi procurado pela reportagem do UOL nesta terça-feira (12) para comentar o caso, mas até as 20h30 não retornou aos telefonemas.
 
A comissão apura se houve irregularidades nas operações da holding J&F, dona da JBS, com o BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), entre 2007 e 2016. A suspeita é a de pagamento de propinas para obter financiamentos do banco.
 
O grupo é dirigido pelos irmãos Joesley e Wesley Batista. Joesley está preso desde domingo (10) por determinação do ministro Edson Fachin, do STF (Supremo Tribunal Federal), acusado de omitir informações no acordo de delação, que foi suspenso.
 
Até agora, cerca de 130 requerimentos já foram apresentados à CPMI. Os parlamentares pedem, por exemplo, a convocação dos irmãos Batista e de integrantes dos governos dos ex-presidentes Luiz Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff.
 
Doações
  
O senador Acir Gurgacz (PDT-RO) recebeu R$ 833,3 mil em doação de campanha da JBS, repassados por meio do diretório estadual do partido. Já o senador Paulo Rocha (PT-PA) recebeu R$ 233,5 mil, repassados pelos diretórios estadual e nacional do PT.
  
Entre os deputados federais, o que mais recebeu foi Renzo Braz (PP-MG). O valor doado pela JBS, de acordo com os dados da prestação de contas entregue à Justiça Eleitoral, foi de R$ 700 mil, sendo R$ 100 mil de uma empresa de produtos de limpeza do grupo. O deputado Weverton Rocha (PDT-MA) recebeu R$ 100 mil, enquanto Paulo Pimenta (PT-RS) obteve R$ 66,4 mil. 
  
A depender de novas nomeações na CPMI, o número de parlamentares que receberam doações da JBS pode aumentar ou diminuir. Das 34 vagas para titulares, seis ainda não foram preenchidas, todas do Senado, sendo cinco pertencentes ao PMDB. Nesta segunda (11), o líder do partido na Casa, senador Raimundo Lira (PB), justificou a pendência por falta de interessados em compor a comissão. A outra é do bloco formado por PSDB e DEM.
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