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Sexta-feira, 29 de março de 2024

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EFEITO TORNOZELEIRA

Taques questiona participação de Stringuetta em cumprimento de mandados contra Rogers Jarbas

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Taques questiona participação de Stringuetta em cumprimento de mandados contra Rogers Jarbas
Indignado com o cumprimento de mandado em face do secretário de Segurança Pública, Rogers Jarbas, o governador Pedro Taques (PSDB), além de classificar a ação, determinada pelo desembargador Orlando Perri, como “esdrúxula”, questionou a participação do delegado Flavio Stringuetta, no cumprimento da ordem que, além de afastar o secretário do cargo, determinou monitoramento por meio tornozeleira eletrônica no mesmo e busca e apreensão na sede da Sesp.


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“Quem tem que avaliar isso [a participação de Stringuetta] é o diretor da PJC. Como pode alguém investigado por grampo, por determinação da juíza Selma [Arruda], cumprir mandado de prisão por grampo? Esse é o primeiro ponto. E por que querem afastar a doutora Selma, por que querem anular determinadas operações em razão dos grampos? A imprensa investigativa tem que se dar conta disso”, questionou Pedro Taques, durante coletiva de imprensa, na noite da última quarta-feira (20).

Rogers Jarbas e Flavio Stringuetta já trocaram farpas há alguns meses. Este último, inclusive, conduzia as investigações sobre os grampos, mas decidiu afastar-se por conta de um problema de saúde.

Além disso, Stringuetta também questionou publicamente ter sido realocado, por determinação de Roger Jarbas, da Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO) para a 2ª Delegacia de Polícia do Carumbé, em Cuiabá. Na época, Stringuetta fez um post em seu Facebook, alegando perseguição.

O mandado contra Rogers era comandado pela delegada titular das investigações, Ana Cristina Feldner. Stringuetta acompanhou a colega durante todo o processo de buscas e apreensão na Secretaria de Segurança Pública e, além disso, esteve presente no Tribunal de Justiça no momento em que Rogers se apresentou às autoridades, bem como no Fórum de Cuiabá, durante a instalação de tornozeleira eletrônica do secretário.

Apesar disso, Stringuetta disse à imprensa que apenas acompanhava a delegada nas diligências e que não tinha o menor interesse em participar do procedimento. Ao deixar o Fórum, Stringuetta foi vaiado por um grupo de delegados que prestavam solidariedade a Rogers.

Ofício sigiloso

A investigação citada por Taques faz referência a um ofício sigiloso que acabou vazando, em que a juíza da 7ª Vara Criminal de Cuiabá, Selma Arruda, alertava a Corregedoria-geral de Justiça sobre a possibilidade de uma história ter sido inventada pela Gerência de Combate ao Crime Organizado (GCCO), onde Flávio Stringueta era diretor, para justificar grampos em duas pessoas.

O caso

Rogers foi afastado do cargo, nesta quarta-feira (20), suspeito de estar atuando para prejudicar as investigações do caso dos grampos. A decisão, do desembargador Orlando Perri, diz que o secretário estaria repassado documentos sigilosos do inquérito policial ao governador Pedro Taques e ao ex secretário de Casa Civil, Paulo Taques.

“Portanto, não resta a menor dúvida de que o representado, valendo-se do cargo ocupado, vem agindo de maneira incisiva e direta no sentido de beneficiar seus aliados, determinando o fornecimento de documentos até então sigilosos, em detrimento das investigações levadas a efeito pelas autoridades policiais”, diz Perri, na decisão.
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