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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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​antipetismo

Com Álvaro Dias e senador de MT, Podemos se inspira em Obama e rechaça esquerda

Foto: Waldemir Barreto Senado

Com Álvaro Dias e senador de MT, Podemos se inspira em Obama e rechaça esquerda
Os senadores Álvaro Dias e José Medeiros não hesitariam em colocar uma legenda em cada campanha publicitária do Podemos: “Favor não confundir com o partido espanhol!”. Apesar da homonímia, a sigla brasileira recém-nascida, cujos alicerces herda do antigo PTN, rechaça a esquerda e faz coro ao antipetismo.

 
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Tudo isso ficou muito claro na reunião do partido nesta quinta-feira (05), em Cuiabá, quando Medeiros recebeu o colega de parlamento Álvaro Dias, pré-candidato à Presidência da República em 2018.
 
Não é da Espanha a principal referência da sigla tupiniquim. Renata Abreu, presidente nacional do partido, fez questão de explicar que o nome vem da expressão “Yes, we can!” da campanha vitoriosa do ex-presidente americano Barack Obama, em 2008.
 
“Em relação ao Podemos espanhol não temos nenhuma semelhança, não podemos ter e não queremos ter. Se há alguma inspiração que nos levou a adotar este nome, foi a campanha do Obama”, reiterou Álvaro Dias.
 
José Medeiros não discorda do correligionário ao definir as intenções sigla. Para ele, trata-se de apenas uma questão de homônimo fácil de ser solucionada nas urnas. “Aqui no Brasil nós temos uma posição muito clara: nem de esquerda nem de direita, à frente”, resumiu.
 
Mas nem Medeiros nem Dias escondem o antipetismo do campo ideológico. “Hoje a soma deve ser as pessoas de bem. A distinção deve ser entre as pessoas de bem e os mensaleiros e filhos do petrolão”, criticou o senador paranaense em referência a dois escândalos de corrupção que ocorreram durante os 13 anos de governo do Partido dos Trabalhadores.
 
Ainda que evitassem uma classificação mais nítida, logo a comitiva do Podemos cedeu aos questionamentos da imprensa. Álvaro Dias foi o primeiro a deixar o muro. “Somos liberalistas no campo econômico. Defendemos a liberdade para produzir e liberdade para consumir”.
 
No campo social, a toada é mais conservadora. Na linha do que articulações como o Movimento Brasil Livre (MBL) propõe. Ao ser inquirido sobre Direitos Humanos, o senador conclui: “O Brasil tem uma constituição adequada, que instituiu direitos e deveres de forma exemplar”.
 
Durante a reunião regional, Alvaro Dias também criticou as siglas que trocam seus nomes para ganhar em efeitos de publicidade e diminuir as manchas morais deixadas pela Lava-Jato junto ao eleitor.
 
“Não adianta mudar o nome, precisa mudar a prática, o comportamento, a estrutura e o conceito de política. É isso que nós estamos pregando.”
 
“Muitas siglas estão mudando o nome, mas não muda o programa, não muda nada. Apenas usam desta mistificação para escamotear a realidade. Não é o nosso casso”, acrescentou precavido.
 
Podemos
 
O Partido Trabalhista Nacional (PTN, atual Podemos) foi refundado em 1995, mas tem suas raízes na República Nova quando elegeu Jânio Quadros à presidência. Se a esquerda ontem foi uma referência, hoje é uma vaga lembrança. Comandado pela família Abreu, o Podemos recebeu em seu quadro nomes como Álvaro Dias (ex-PV), José Medeiros (ex-PSD) e Romário (ex-PSB).
 
Este ano o partido foi o primeiro a deixar a base de Temer com a delação da JBS. Na prática, políticos jovens e consolidados têm procurado a sigla para viabilizar anseios eleitorais. É o caso de Medeiros, que saiu do PSD para tentar uma reeleição ao senado, diante da impossibilidade de seu antigo partido não conseguir ocupar duas vagas majoritárias do atual grupo que governa Mato Grosso. O PSD é o partido do vice-governador, Carlos Fávaro, que tende a compor a chapa de reeleição de Pedro Taques (PSD) em 2018.
 
A chegada do senador mato-grossense ao Podemos o “empurrou” para a oposição duas vezes. Primeiro, teve de abandonar a vice-liderança de Michel Temer no Senado. No quadro regional, desvincula-se pouco a pouco do governador Pedro Taques, de quem herdou a cadeira no Congresso Nacional. O Podemos trabalha para lançar uma chapa para concorrer com Taques o Governo de Mato Grosso.
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