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Quinta-feira, 25 de abril de 2024

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CRISE NOS FILANTRÓPICOS

Grávida alega que não foi atendida em hospital por falta de materiais; HGU diz que repasses ainda não foram feitos

Foto: Rogério Florentino Pereira/OD

Grávida alega que não foi atendida em hospital por falta de materiais; HGU diz que repasses ainda não foram feitos
Uma grávida denunciou ao Olhar Direto que o parto de seu bebê no Hospital Geral Universitário (HGU), marcado para a manhã desta sexta-feira (6), não pôde ser feito por falta de materiais. A assessoria dos hospitais filantrópicos negou a versão da grávida e afirmou que ela não pôde ser atendida por que um outro caso de emergência teve prioridade.


No entando, a assessoria também informou que o repasse, firmado em um acordo com o Governo, em agosto, ainda não foi feito, e que isto prejudicou o oferecimento de alguns serviços. A Secretaria de Estado de Saúde (SES) afirma que os pagamentos já estão prontos e aguardam aprovação da Secretaria de Planejamento (Seplan) e liberação da Secretaria de Fazenda (Sefaz).

Leia mais:
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De acordo com Gabriele Marques, grávida de 39 semanas, o médico havia recomendado que ela fosse ao hospital hoje para que passasse por uma cirurgia de cesariana. A grávida foi e deu entrada no hospital, e apenas quando entrou na sala de cirurgia foi informada pelo médico que o procedimento não poderia ser feito por falta de materiais. Ela foi encaminhada para enfermaria, para ficar em observação.

De acordo com a assessoria dos Hospitais Filantrópicos, Gabriele não deixou de ser atendida por falta de materiais, mas sim porque uma outra grávida, em situação emergencial, teve que ser atendida em seu lugar. Como o médico constatou que Gabriele não estava em trabalho de parto, não sentia dores e ainda havia liquido amniótico no ventre, viu que não havia risco e decidiu deixá-la internada para que possa passar pelo parto já nos próximos dias.

A irmã da grávida, Carla Marques, disse que teme pela vida de sua sobrinha, já que o caso de Gabriele tem riscos.

“A bebê está sentada e o parto é seco, aquele que não sai líquido, então se demorar muito pode acontecer o pior. Na sexta-feira (6) viemos e o médico falou para voltarmos hoje para já fazer a cirurgia, que não tinha necessidade de esperar sentir dor porque o parto é seco. Estamos aqui aguardando, agora só pela misericórdia de Deus, ninguém fala nada pra nós, estamos na enfermaria. Falaram que iria deixar ela internada para ver o que iria fazer, para acompanhar ela pra ver se sente dor, só que pela situação do parto dela ela não vai sentir dor”.

No entanto a assessoria também disse que todos os hospitais filantrópicos estão passando por dificuldades por que os repasses, firmados em um acordo em agosto, ainda não foram feitos, o que prejudicou o oferecimento de alguns serviços, como UTI, pronto atendimento e cirurgias eletivas. Os hospitais também aguardam verba da Assembleia Legislativa, que se comprometeu retirar R$ 2,5 milhões do seu quinhão, na Lei Orçamentária Anual (LOA) de 2017, para repassar aos hospitais filantrópicos de Mato Grosso.

A Secretaria de Estado de Saúde afirma que firmou um contrato com os hospitais filantrópicos para uma ajuda financeira emergencial e não obrigatória. Serão feitos repasses de R$ 2,5 milhões para os meses de setembro, outubro e novembro. No entanto, os repasses ainda não foram entregues pois aguardam liberação da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz). A reportagem entrou em contato com a Sefaz e com a Seplan, mas até o encerramento da matéria não recebemos uma resposta.

Leia a nota da Ses na íntegra:

NOTA – REPASSE AOS FILANTRÓPICOS

Em relação ao pagamento da primeira parcela aos cinco hospitais filantrópicos em conformidade com a portaria 150/2017/GBSES, a Secretaria de Estado de Saúde (SES) informa que na secretaria já está tudo pronto para fazer a transferência do valor e isso será feito assim que seja liberado o orçamento da Secretaria de Estado de Planejamento (Seplan) e o financeiro da Secretaria de Estado de Fazenda (Sefaz).
 
O acordo entre o governo do Estado e os hospitais, realizado no dia 17 de agosto de 2017, ratificado pela portaria, concedeu ajuda financeira emergencial e não obrigatória aos filantrópicos em três parcelas, correspondentes aos meses de setembro, outubro e novembro de 2017, cada uma no valor de R$ 2.500.009,00, perfazendo um total de R$ 7.500.027,00.
 
O dinheiro será repassado aos fundos municipais de saúde de Cuiabá e de Rondonópolis, que farão os repasses para a Santa Casa de Cuiabá (R$ 656.327,89), Santa Casa de Rondonópolis (R$ 337.865,55), Hospital Geral Universitário (Cuiabá - R$ 691.636,67), Hospital do Câncer de Mato Grosso (Cuiabá – R$ 348.241,48) e Hospital Santa Helena (Cuiabá – R$ 465.937,410.
 
Ascom SES/MT
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