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Quarta-feira, 24 de abril de 2024

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GABINETES FECHADOS

Após demissão de 460 funcionários, vereadores estão trabalhando “de casa”

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Após demissão de 460 funcionários, vereadores estão trabalhando “de casa”
Uma semana após o presidente da Câmara de Vereadores de Cuiabá, Justino Malheiros (PV), exonerar 460 servidores comissionados, que atuavam nos mais diversos setores do Legislativo Municipal, a movimentação nos corredores do Palácio Moreira Cabral foi bastante tímida. Fontes ligadas aos vereadores disseram ao Olhar Direto que, por conta da falta de funcionários, os despachos estão sendo feitos “de casa”.


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A reportagem esteve in loco na Câmara, nesta segunda-feira (16), e constatou que a maioria dos gabinetes estavam com as portas trancadas. Na presidência, onde era possível encontrar alguns servidores trabalhando, fomos informados de que Malheiros também não havia comparecido.

Com a previsão de que pelo menos as sessões plenárias sejam mantidas, a expectativa é de que nessa terça-feira (17) os vereadores estejam na Câmara. De acordo com a Secretaria de Comunicação da Câmara Municipal, pelo menos 24 eventos já agendados não poderão ser realizados em decorrência da disputa judicial pela complementação do duodécimo que a Prefeitura de Cuiabá deveria ter feito para custear as despesas do funcionamento da Câmara Municipal, até o final deste ano.

Entenda o caso

Na última segunda-feira (10) o presidente da Câmara de Vereadores, Justino Malheiros, demitiu de uma só vez 460 servidores comissionados da Casa, alegando falta de dinheiro para pagar os salários dos mesmos.

Três dias antes, Malheiros havia anunciado o corte de funcionários, em sessão plenária. O tema já havia sido pauta no Tribunal de Contas de Mato Grosso (TCE-MT), que após anular o decreto que estabelecia a suplementação orçamentária, de R$ 5,7 milhões, determinou que o Executivo o fizesse por meio de um projeto de lei.

Segundo Malheiros, um funcionário da Prefeitura havia se reunido com ele e mais alguns parlamentares e, em nome do prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), prometeu que o projeto de lei chegaria ao Legislativo na manhã de sexta-feira (06), para ser votado durante a sessão. Emanuel negou que tivesse autorizado alguém a falar em seu nome e pediu um prazo a Justino para que o problema fosse sanado.

Numa reunião de emergência, ainda na sexta-feira, marcada por troca de farpas entre os Poderes, Justino decidiu que iria aguardar para decidir sobre a exoneração. E, na segunda-feira, o presidente da Câmara anunciou, oficialmente, a demissão dos 460 servidores.
 
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