O superintendente da Polícia Federal em Mato Grosso, Áderson Vieira Leite, afirmou que com o envio dos processos sobre grampos em Mato Grosso ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ), as diligências passarão a ser feitas pela Polícia Federal em Mato Grosso. No entanto, ele afirmou que a PF não terá autonomia nas investigações.

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“O caso foi transferido para o STJ, e quando isto acontece é natural que os pedidos de cumprimento de diligências venham para a Polícia Federal. Mas ainda está lá com o ministro e naturalmente vão chegar os pedidos, aí muda. O inquérito, quando está nos tribunais superiores, o ministro é quem ‘conduz’ a investigação, vem para cá as ordenações, ao contrario de que quando estava na primeira instância, a Polícia Judiciária tinha um pouco mais de liberdade de atuação”, afirmou.

O superintendente também disse que a prioridade da Polícia Federal em Mato Grosso é o combate á corrupção, seguido pelos casos de tráfico de drogas e crimes ambientais.

“Estou em meu segundo ano na superintendência e a prioridade é o combate à corrupção. Sem deixar de lado aquelas que são outras atividades muito importantes, que é o tráfico internacional de drogas e o combate aos crimes ambientais, mas sem duvida nenhuma a corrupção é a prioridade”.

Ele afirmou que as recentes operações da PF são respaldadas pela legislação moderna e que depende da população fazer pressão nos parlamentares para que não haja retrocesso neste sentido.

“Hoje eu posso dizer que nós temos uma legislação moderna, desde a legislação que abarca o crime organizado, também a figura da delação premiada, são instrumentos modernos utilizados pelos países mais avançados. Isto tem permitido sim os avanços, no combate à corrupção, avanços institucionais, avanços republicanos. Sempre há espaço para melhorias, para avanços na legislação, o que a população tem que ficar atenta é para pressionar os nosso congressistas para que não tenhamos retrocessos”.