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Sexta-feira, 19 de abril de 2024

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Mulher de Maninho

Apesar de viver em condomínio de luxo, "herdeira do crime" não ostentava com dinheiro do tráfico

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto/Divulgação

Apesar de viver em condomínio de luxo,
Yuli Carla Macedo, esposa do traficante Enatel dos Santos Albernaz, 37 anos, conhecido como “Maninho”, morto em novembro de 2015, não tinha o perfil de ostentação, apesar de viver em um condomínio de luxo de Cuiabá, onde acabou presa durante a ‘Operação Campo Minado’, deflagrada no início de outubro. A acusada ‘herdou’ a rede de tráfico após a morte do marido.


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“A Yuli mantinha uma vida comedida, razoável, não tinha esse perfil de ostentação, apesar de ter sido presa no condomínio de luxo Alphaville Cuiabá. Durante o depoimento, o que posso dizer é que ela colaborou bastante. As investigações estão sendo encerradas e nós avançamos bem com a prisão de todos. Em 15 dias, acredito que o caso seja remetido para o poder judiciário”, disse o delegado da Delegacia Especializada de Repressão a Entorpecentes (DRE), Frederico Murta ao Olhar Direto.
 
O delegado ainda comenta que 80% dos envolvidos com o tráfico de drogas na região do bairro Pedregal, em Cuiabá, foram presos nesta operação. A ‘Campo Minado’ não fez uma grande apreensão de drogas no dia da sua deflagração. Porém, durante o trabalho investigativo, foram interceptadas 2,5 toneladas de drogas, que nem chegaram a vir para Mato Grosso. Elas foram apreendidas no primeiro semestre, em Ponta Porã (MS), dentro de um depósito, pela Polícia de Mato Grosso do Sul, com informações da DRE.
 
Segundo as investigações da DRE, após o assassinato do traficante ‘Maninho’, sua mulher passou a comandar do tráfico de drogas na região do Pedregal, em Cuiabá. “Constatamos não somente o envolvimento da ex-esposa de ‘Maninho’ com o tráfico, mas a existência de uma grande cadeia de traficantes associados para distribuição de entorpecentes”, disse o delegado Frederico Murta.
 
Tamanho era o poderio da organização, com diversos ‘soldados’ do tráfico, que até era difícil manter a vigilância para identificação de pontos de comércio de drogas. Mais de 50 bocas de fumo foram catalogadas pela DRE durante a investigação, locais onde também foram feitas prisões e apreensões.
 
“Os criminosos financiavam a aquisição dos entorpecentes e faziam uma logística na aquisição dos materiais, que eram adquiridos em forma de consórcio para baratear o custo e diminuir o risco de apreensões. Algumas pessoas eram responsáveis pelo transporte em um veículo grande e quando chegavam aqui, elas eram distribuídas”, acrescenta o delegado.
 
A operação denominada “Campo Minado” mobilizou 350 policiais civis, entre delegados, investigadores e escrivães das Diretorias de Metropolitana e Atividades Especiais, para desarticular uma rede de traficantes associados para movimentação de grandes quantidades de droga e abastecimento de bocas de fumo nos três bairros e outros pontos de Cuiabá e Várzea Grande.
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