Olhar Direto

Quarta-feira, 17 de abril de 2024

Notícias | Política MT

Escutas

Delegada suspeita de comercialização do ‘serviço’ de grampos e condena participação de PMs do alto escalão

Foto: Reprodução

Delegada suspeita de comercialização do ‘serviço’ de grampos e condena participação de PMs do alto escalão
A delegada Ana Cristina Feldner, responsável por investigar o esquema dos grampos ilegais em Mato Grosso, suspeita que o ‘serviço’ pudesse estar sendo comercializado pelos envolvidos para outros fins. Ela lamentou a suspensão das investigações, que foram remetidas para o Superior Tribunal de Justiça (STJ) e afirmou que “as investigações iriam prosseguir pra gente identificar realmente todo o contexto”.


Leia mais:
Delegado que investiga grampos avalia que Gaeco não sabe se defender e parte para o ataque
 
“Nós não estamos falando da investigação até porque nós não temos essa resposta ainda, mas vamos falar de forma hipotética. Esse é um dos pontos a serem ainda esclarecidos pela investigação: qual a motivação de se ouvir pessoas? Será que essas pessoas estariam ligadas de alguma forma a alguma crítica ao governo? Será que foram vendidas essas interceptações? Será que havia uma movimentação financeira por trás disso também? Será que de alguma forma ela estava litigando em algum escritório que pertencesse à organização criminosa? Então, são pontos que a investigação prosseguindo, ela deve responder a essas perguntas”, disse em entrevista ao Cadeia Neles, na última quinta-feira (19).
 
Sobre a questão da comercialização do ‘serviço de escutas ilegais’, a defesa do cabo Gerson Oliveira já havia negado esta possibilidade. Apesar de algumas dúvidas, Feldner afirma que já tem em mente quais eram os interesses e de quem eram esses interesses na chamada “grampolândia pantaneira”.
 
“O que já foi revelado foi o cunho político. São interceptações que iniciaram próximo a um pleito eleitoral de um governador do Estado. Inicialmente, interesse político, isso já é declarado. Até então, do primeiro, segundo e terceiro colocados dos candidatos, o segundo e o terceiro foram interceptadas pessoas ligadas à parte estratégica da campanha, menos do primeiro lugar dentre os candidatos, o que já demonstra todo esse cunho político e de onde partiu”, afirmou Ana Cristina Feldner.
 
A delegada também condenou a participação de policiais do mais alto escalão no esquema: ““É um absurdo! São policiais da alta cúpula, excelentes profissionais, que fique esclarecido, que deveriam estar no combate realmente da criminalidade, que nesse momento estão em total desvio de conduta, total desvio de função, interceptando, obtendo informações privilegiadas de cenário político, sendo capazes sim de interferir em pleito eleitoral e mais: chegando até às interceptações particulares”.
 
Grampos
 
Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.
 
O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
Entre no nosso canal do WhatsApp e receba notícias em tempo real, clique aqui

Assine nossa conta no YouTube, clique aqui
 

Comentários no Facebook

xLuck.bet - Emoção é o nosso jogo!
Sitevip Internet