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RETORNOU AO CARGO

“O prejuízo que eu tenho não é politico, é moral, e é isto que eu vou tentar resgatar”, afirma secretário após ser afastado

21 Out 2017 - 08:20

Da Redação - Vinicius Mendes/ Da Reportagem Local - Érika Oliveira

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

“O prejuízo que eu tenho não é politico, é moral, e é isto que eu vou tentar resgatar”, afirma secretário após ser afastado
O secretário de Comunicação do Estado, Kléber Lima, afirmou que o principal prejuízo que sofreu com o seu afastamento foi moral, e que espera que os áudios gravados clandestinamente possam ser divulgados para comprovar sua inocência perante a sociedade e para defender sua honra. A entrevista foi dada durante a realização da Caravana da Transformação, em Tangará da Serra (a 240 km de Cuiabá), nesta sexta-feira (20). Kléber também falou que não pretende abrir mão de seu cargo como secretário, a menos que seja decidido pelo governador Pedro Taques (PSDB).

 
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Kleber Lima havia sido afastado no dia 28 de setembro, por determinação da juíza Célia Regina Vidotti.  A decisão da magistrada atendia a um pedido do promotor de Justiça Mauro Zaque, que acusava o secretário de abuso moral, sexual e improbidade administrativa.
 
A denúncia contra Kleber Lima foi feita por servidores efetivos do Governo do Estado, que apontam que o secretário teria realizado condutas constrangedoras de evidente cunho sexual praticadas contra servidoras lotadas no Gabinete de Comunicação – GCOM. Em segundo lugar, o fato de o agravante, utilizando-se da sua função hierárquica, praticar retaliações e/ou ameaças contra servidores efetivos que viessem a realizar críticas ou discordância acerca do modelo de trabalho desempenhado, prática essa condizente ao assédio moral.
 
No último dia 9, a desembargadora Antônia Siqueira Gonçalves Rodrigues da 2ª Câmara de Direito Público e Coletivo do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, determinou que Kléber retornasse às suas funções. O secretário afirma que nada mudou e que apenas há um constrangimento.
 
“O que poderia mudar é no ânimo, no entusiasmo, eu confesso a vocês que não é uma situação feliz, passar por isso tudo eu nunca imaginei, um constrangimento deste, mas eu me amparo na minha história. Não nasci secretário de comunicação, eu tenho mais de 20 anos de militância profissional, e a minha história fala por mim, ela está me salvando neste momento. Lamento o que aconteceu, mas isto não é tão importante para o governo, é importante para mim. Quando eu sair do governo, vou continuar nesta luta para a defesa da minha honra, da minha imagem, em nome dos meus filhos”, disse.
 
A denúncia contra Kleber saiu de dentro da própria Secretaria de Comunicação, e por causa disso o secretário disse que convive com este constrangimento. Ele também afirmou que os áudios em que foi gravado, usados no processo, poderão revelar que não há motivos para que o comprometa.
 
“A noticia ter saído de dentro do Gcom causa um constrangimento. É muito constrangedor você ter que lidar com isto no seu dia a dia, de pessoas que estão ali trabalhando com você, mas enfim, o caso está na Justiça, fui orientado pelo meu advogado a não falar sobre isto enquanto não julgar. E eu espero muito que no dia que tudo isto termine, que todos os áudios que produziram clandestinamente durante sete meses possam ser ouvidos. Eu tenho muita vontade de reunir a minha família e meus amigos e colocar todos para ouvirem a integralidade dos áudios. Eu não tenho vergonha de absolutamente nada do que eu fiz na secretaria de comunicação, como a rigor eu não tenho vergonha de nada que eu fiz com a minha carreira profissional. Eu me arrependo, é evidente, de alguns erros que eu cometi, mas nenhum desta natureza, moral ou ética, eu sou jornalista, sindicalizado, e gostaria de ser respeitado como jornalista. Agora divergências sobre o meu método de trabalho, é normal. Eu tenho divergência inclusive, com relação a muita coisa que eu penso, eu até brinco falando ‘querem falar de mim, conversem comigo, que eu conheço coisas horríveis a meu respeito’, infelizmente não conversaram e inventaram algumas coisas que eu não fiz”.
 
O secretário afirmou que apesar de ser uma questão política, o principal prejuízo que sofreu foi com relação à sua imagem.
 
“Eu não tenho duvida que é mais uma questão política do que pessoal. Só que o prejuízo que eu tenho não é politico, eu não sou candidato e nem político, o prejuízo que eu tenho é moral, e é isto que eu vou tentar resgatar, e vou me calçar na minha história. O meu advogado disse que a maior defesa que eu vou ter no processo judicial são as provas que juntaram contra mim, ou seja, mais de 10 horas de áudio onde não existe absolutamente nada que me comprometa, e mais importante, nada que me envergonhe”.
 
Ele afirmou que um dos esforços da Secretaria de Comunicação tem sido com a gestão de crises de imagem, principalmente com boatos oriundos das redes sociais.
 
“A Secretaria de Comunicação tem dedicado um tempo precioso na gestão destas crises, porque nós vivemos hoje um tempo que não há absolutamente nenhuma possibilidade de você controlar as informações. Na sociedade de hoje, contemporânea, com essa evolução das mídias, há uma necessidade muito forte hoje de nós profissionais da comunicação, entendermos a diferença entre jornalismo e rede social. Post de Facebook não é notícia, porque não foi produzido por um profissional. Então neste universo de redes sociais é um terreno muito fértil para o boato, para a injustiça, e eu acho que isto é o que mais prejudica. Mas nós temos consciência de que nada disto procede, de que o governador é um homem de bem, é um homem que tem uma história de vida de combate ao crime e aos criminosos, e ele não será igualado aos criminosos, como estão tentando fazer, esta maré vai passar, e o que a gente espera é que daqui a pouco as pessoas consigam separar o que é boato do que é fato”.
 
Kleber ainda disse que não pensa em abrir mão de seu cargo como secretário, e sairia apenas se o próprio governador pedisse.
 
“Eu não sou o tipo de homem que pula do barco, eu nunca desertarei na minha vida, eu sequer irei me tirar da guerra, é melhor me matar, melhor me abater, estou ferido, mas ainda estou de pé, lutando. Acredito muito no governador Pedro taques, agora é evidente que o cargo não é meu, o cargo de todos os secretários pertencem ao governador, ele foi eleito. Então assim que eu recuperei o direito de trabalhar eu fui até ele e falei ‘governador, e aí, o senhor ainda precisa de mim aqui? Porque eu posso muito bem continuar apoiando o senhor la fora’ e ele falou que precisava de mim aqui, e estamos aí trabalhando. Enquanto ele achar que eu sou útil, e eu também achar que sou útil, eu  estou a disposição dele para continuar e consolidar este projeto de transformação do Estado”.
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