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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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Escutas Ilegais

Vigiado, tenente-coronel afirma que existem muitas provas dos grampos e não se importa de “pagar o preço com a vida”

Foto: Reprodução/TVCA

Vigiado, tenente-coronel afirma que existem muitas provas dos grampos e não se importa de “pagar o preço com a vida”
O tenente coronel da Policia Militar, José Henrique Costa Soares, afirmou que existem muitas provas de que os grampos ilegais ocorreram em Mato Grosso e afirmou que não se importa de pagar o preço das revelações com a própria vida. O PM ainda defendeu a instituição, dizendo que o esquema não representa o modo de agir dos policiais e que seus colegas foram “usados”.


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 “Tudo vai ser esclarecido, vai aparecer. Tem muita prova que foi produzida e que será reproduzida. O cabo Gerson falou quase tudo e o Lesco ia falar. Acredito que essas pessoas, no STJ, vão contar o que aconteceu. Haveria muita inteligência se fizessem isso. Eles foram usados, a Polícia Militar foi usada. Só que ela é tão grande, que não conseguem macular sua imagem”, disse o PM em entrevista à TV Centro América.
 
José Henrique ainda acrescenta que já percebeu que está sendo seguido: “Os policiais que trabalham comigo na vigilância perceberam que existem pessoas me vigiando. Mas tem que se pagar um preço. Se eu tiver que pagar o preço com a minha vida, não tem problema. Estou disposto a tudo”.
 
Antes de deixar o posto na relatoria das investigações da Grampolândia Pantaneira, o desembargador do Tribunal de Justiça de Mato Grosso (TJMT) Orlando Perri atendeu ao apelo do tenente coronel da Polícia Militar (PM) José Henrique Costa Soares, e determinou que o Estado fornecesse seis seguranças armados para fazer sua escolta. O militar confessou ter sido cooptado pela organização criminosa dos grampos para barrar investigações.
 
A informação foi confirmada ao Olhar Direto pelo advogado do escrivão da PM, Domingos Sávio Ferreira. Ele negou que a escolta seja particular, afirmando que o Estado atendeu a solicitação feita publicamente, nas gravações feitas em seu depoimento à Polícia Judiciária Civil (PJC), conforme imagens reveladas pela imprensa.
 
O militar afirma temer por sua vida, levando em consideração a periculosidade dos envolvidos no esquema de grampos ilegais na PM, dentre eles coronéis e ex-secretários de Estado. Boa parte deles já se encontram presos em Cuiabá, desde quando deflagrada a “Operação Esdras”, em 27 de setembro.
 
"A partir deste momento eu estou preocupado com a minha segurança, inclusive eu peço que adote medidas para que a minhas família, meus filhos e eu tenhamos segurança. Porque eu temo, este pessoal não mede esforços apra conseguir o que quer", finaliza.

Grampos

Reportagem do programa "Fantástico", da Rede Globo, revelou na noite de 14 de maio que a Polícia Militar em Mato Grosso “grampeou” de maneira irregular uma lista de pessoas que não eram investigadas por crime.
 
A matéria destacou como vítimas a deputada estadual Janaína Riva (PMDB), o advogado José do Patrocínio e o jornalista José Marcondes, conhecido como Muvuca. Eles são apenas alguns dos “monitorados”.

O esquema de “arapongagem” já havia vazado na imprensa local após o início da apuração de Fantástico.
  
Barriga de aluguel
 
Os grampos foram conseguidos na modalidade “barriga de aluguel”, quando investigadores solicitam à Justiça acesso aos telefonemas de determinadas pessoas envolvidas em crimes e no meio dos nomes inserem contatos de não investigados.

Neste caso específico, as vítimas foram inseridas em uma apuração sobre tráfico de drogas.
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