Recém-saído do Partido Socialista Brasileiro, o deputado federal Fábio Garcia disse estar em diálogo com vários representantes de siglas, mas não escondeu uma simpatia pelo DEM, para onde pode nos próximos meses migrar junto com parte do grupo de aliados políticos.

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Em entrevista a Rádio Jovem Pan nesta segunda-feira (30), o deputado federal disse que ainda é cedo para tomar uma decisão, mas existe uma real possibilidade de se filiar ao partido Democratas.

“Ainda não decidimos, mas tivemos boas conversas com o DEM tanto a nível local com as lideranças daqui, com Júlio e Jayme e Dilmar Dal’Bosco, quanto no nível nacional com o presidente da Câmara Rodrigo Maia, com o ministro da educação Mendonça Filho, como prefeito de Salvador, ACM Neto e com o senador Agripino Maia. É um partido que temos uma certa afinidade principalmente com as lideranças e existe sim uma real possibilidade de a gente poder migrar, mas ainda temos tempo”, destacou.

A relação ruim com o PSB iniciou em abril deste ano quando Garcia foi destituído da presidência da sigla, além de quase ser expulso por contrariar a orientação partidária e votar a favor da reforma trabalhista. Para ele, o motivo que provocou sua saída foi a aproximação do partido com o PT.

“O PSB era um partido com o Eduardo Campos e é outro partido hoje. Infelizmente ele faleceu e o partido perdeu o seu norte, começando a migrar para junto do PT. Todo mundo sabe que PT e Lula ainda são muito importantes no nordeste e então o PSB resolveu se aproximar, inclusive fazendo conversas oficiais com Lula e Gleisi Hoffmann. Eu vou sempre fazer resistência a aproximação com o Lula, pois acho que ele é um retrocesso ao Brasil ele voltar a governar depois de tudo que está acontecendo”, afirmou.

Garcia também revelou estar mantendo conversas com partidos como PR, PP, PSD e PV, mas estuda ir para um partido que tenha um alunhamento ideológico para poder migrar junto como seu grupo político.

“Não gostaria de perder o grupo político que construímos com muito trabalho, com muito diálogo, convivíamos muito bem. Estou tentando em todos os diálogos que faço em relação a questão partidária fazer um alinhamento ideológico e abrir espaço para que nosso grupo político possa vir para o partido que a gente for migrar. Então a única coisa que pedi quando foi conversar com o DEM foi espaço para o nosso grupo político vir enao teve nenhuma resistência do deputado Dilmar nem das lideranças locais”, pontuou.