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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Peritos cobram novos profissionais e estudam entrar em greve; cinco mil laudos em atraso em MT

Foto: Reprodução

Peritos cobram novos profissionais e estudam entrar em greve; cinco mil laudos em atraso em MT
O presidente do Sindicato dos Peritos Oficiais Criminais de Mato Grosso (Sindpeco-MT), Alisson Trindade, informou que a categoria deve se reunir na tarde desta segunda-feira (27), na sede da Politec, para discutir a possibilidade de greve. Os servidores alegam que há atraso de salários e que o lotacionograma (que define o número máximo de peritos) da Politec está com mais de 15 anos de defasagem, o que não permite que sejam chamados novos peritos para atender a demanda do Estado. Por conta do baixo efetivo, mais de cinco mil laudos estão parados em Mato Grosso.


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“A Politec está há mais de 15 anos com o lotacionograma sem ser atualizado, então está muito defasado. Já tem um processo para atualizar ele e há mais de cinco anos está tramitando. A situação no interior está, realmente, insustentável com o número de pessoal. A gente tem pessoal aprovado no último concurso, ainda vigente, mas não podemos chamar por causa do lotacionograma. Este processo foi para a Casa Civil e tem 3 meses que está parado lá. O concurso vence daqui há 3 meses e eles não mandaram para a Assembleia, não nos dão resposta, não nos atendem, então a tendência é a gente fazer uma paralisação por estes motivos e pelo descaso do Governo com a Politec”, disse Alisson.

A assembleia acontece às 14h desta segunda-feira (27) na sede da Perícia Oficial e Identificação Técnica (Politec) em Cuiabá. Além do atraso de salários e defasagem do lotadcionograma, Alisson afirma que faltam materiais e manutenção de equipamentos, o que prejudica a realização dos laudos. Isto acontece desde julho do ano passado.

“Há mais de 5 mil laudos parados por falta de pessoal, falta de equipamentos e reagentes. Estamos sem fazer exame de alcoolemia, sem fazer exame de toxicologia, e todos os casos de homicídio e de crimes de trânsito tem que passar por estes exames, senão você não consegue fechar o inquérito. Então alguns crimes estão ficando com a investigação prejudicada, e isto já faz mais de ano que está com falta de reagente e falta de manutenção dos equipamentos”, disse o presidente.

O atual lotacionograma permite apenas a contratação de 272 peritos criminais para Mato Grosso, e todas as vagas já estão preenchidas. Alisson afirma que seriam necessárias pelo menos mais 100 vagas para dar conta da demanda. Na tentativa de fazer com que o projeto seja aprovado, a categoria pediu o aumento de apenas 46 vagas no lotacionograma.

“A gente tenta conversar com o Governo, mas não nos atendem. Semana passada tínhamos uma agenda marcada com o secretário da Casa Civil, mas ele não nos atendeu, colocou o secretário adjunto para atender, tivemos uma conversa de mais de uma hora, aí a pauta que a gente colocou, que a gente sabe que pode se resolver, que não vai ter custo para o Governo, foi o lotacionograma, e ele ficou de dar a resposta porque o projeto não está andando, mas até agora nada, então a gente vê claramente que é uma falta de vontade política do Governo. Devido as condições financeiras do Estado, o que se conseguiu chegar no projeto foi um aumento de 46 vagas, que é muito pouco, mas já resolve os problemas emergenciais do interior, mas nem isso deram andamento.”, disse.

A Secretaria de Estado da Casa Civil ainda deve se manifestar sobre o caso. 
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