Cerca de 30 linhas de micro-ônibus deixarão de circular em Cuiabá. Das linhas, 19 eram compartilhados e seis exclusivos. Oito micros já haviam saído porque não demonstraram interesse em continuar operando no sistema.

As decisões tomadas deverão impactar os usuários por até 20 anos, que é o tempo que dura um contrato de concessão do transporte público, contudo a Prefeitura informou que está trabalhando de forma cautelosa para execução do projeto.

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Segundo a legislação, os carros devem ter até oito anos de vida útil e a frota retirada já estava com cerca de 10 anos.

O presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Público Alternativo de Passageiros do Estado de Mato Grosso (SETA-MT) Fabiano Subtil Albuquerque Leão, aponta a inviabilidade das planilhas de horários.

"Os micro-ônibus foram colocados para operar em horários que não tem fluxo de passageiros enquanto os ônibus ficaram com os horários de pico, obrigando a população a se submeter ao transporte lotado que não atende a demanda enquanto os micro-ônibus parados não podendo fazer o seu papel de transporte alternativo, penalizando o usuário", reclama Fabiano.

As linhas que foram prejudicadas com a saída desses micros foram Pedra 90-Centro, CPA-Unic, 1º de Março-Av.dos Trabalhadores, Parque Cuiabá-Santa Izabel, Cidade Verde-Jardim Imperial, Itapajé-Santa Amália, Paiaguás-Centro,  Tijucal –Centro, Praieiro-Centro, Unic-Santa Rosa, Planalto-Centro, Umuarama- Centro, Três Barras-Porto. 

Ficaram apenas sete micro-ônibus operando no sistema. Sendo dois atendendo a linha Itamarati-Centro, CPA II –Unic, Tijucal- Centro, São Sebastião-Chopão, Parque Cuiabá-Santa Izabel, Santa Terezinha – Santa Amália.

"É preciso que a Semob se sensibilize e reveja essa decisão de tentar tirar os micros a qualquer custo do sistema e veja que na verdade a maior prejudicada é a população que precisa dos micros, visto que os ônibus não suprem a demanda", denuncia Fabiano.

A Semob esclareceu que não pode fazer alteração de planilha, pois existe um termo de ajustamento de conduta que foi elaborada na gestão passada que previa que nenhuma alteração poderia ser feita durante o período de vigência desse termo de conduta, que se encerra no dia 15 de dezembro. 
 
Foi publicado um decreto no dia 27 de novembro em que o prefeito Emanuel Pinheiro cria uma comissão para realizar estudos da nova licitação e em um prazo de 90 dias deve ser apresentado o resultado para o prefeito e, conforme esta resposta deverá ter participação dos micro-ônibus ou não. 
 
Para a melhoria do transporte coletivo, a Semob tem feito acompanhamento com agentes, supervisores e equipes volantes nos principais pontos da cidade e terminais, onde são emitidos relatórios e pareceres para que a Secretaria adote as medidas e altere as ordens de serviço de acordo com a necessidade da população. 
 
A maior dificuldade na melhoria é por conta do contrato que já não atende mais a demanda da cidade.