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Quinta-feira, 28 de março de 2024

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R$ 498 milhões parados

Com rescisão de contrato, Justiça definirá responsáveis por guardar trens do VLT; trens sofreram avarias

Foto: Rogério Florentino Pereira/Olhar Direto

Com rescisão de contrato, Justiça definirá responsáveis por guardar trens do VLT; trens sofreram avarias
O juiz Ciro José de Andrade Arapiraca, da 1ª Vara Federal de Mato Grosso, é quem deverá definir quem ficará responsável pelos vagões do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), que custaram R$ 498 milhões aos cofres públicos. Mesmo com a rescisão unilateral do contrato entre Governo do Estado e Consórcio VLT, vale a última decisão do magistrado, que obriga a empresa guardar os trens.


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“A Justiça é quem vai definir a guarda e a segurança dos bens, isso ficará a cargo do juiz Ciro definir. Tudo está sendo analisado e, por enquanto, segue a última decisão, que responsabiliza o Consórcio VLT e o coloca como o responsável por guardar os vagões que lá estão”, afirmou ao Olhar Direto o secretário Wilson Santos (PSDB).
 
Os 40 trens do VLT, que custaram R$ 497.990.000,00 aos cofres públicos, apresentaram trincas e fissuras, mesmo sem entrar em operação. Um relatório, feito pelo Consórcio Planservi/Sondotécnica, responsável por gerenciar as obras de implantação do novo modal, apontou todas as patologias.
 
“Durante ronda de fiscalização no estacionamento dos VLTs, foram notadas algumas falhas ou faltas nas interligações (conexões) nas articulações dos vagões e a ausência de lona ou tapume de proteção dos vagões, onde estão sendo expostos à intempéries, prejudicando desta maneira, a integridade física dos componentes”, diz trecho do documento que foi divulgado pelo Executivo, em 2015.
 
Na composição 3277, “foi encontrado um dispositivo fora do seu local de origem, exposto a quaisquer tipos de intempéries e com ausência dos seus elementos de fixação (parafusos) provenientes”. Porém, a situação mais grave era a do vagão 3274, onde foram detectadas avarias (trincas e fissuras) em uma das portas deslizantes de acesso ao carro.
 
Os trens continuam debaixo de sol e chuva. Com isto, a vida útil dos vagões – que é de 30 anos - diminui, mesmo que o novo modal ainda nem esteja em funcionamento.
 
Operação Descarilho
 
As obras do Veículo Leve sobre Trilhos (VLT), em vias de serem retomadas com a proximidade de acordo entre Consórcio e Governo, voltaram às páginas policiais na manhã desta quarta-feira (9), com a operação Descarrilho, deflagrada pela Polícia Federal, na qual são apuradas possíveis irregularidades na escolha do modal para operar na região metropolitana de Cuiabá. Entre os alvos da operação está o ex-secretário da Secopa Maurício Guimarães, conduzido coercitivamente.
 
A ação apura os crimes de fraude a procedimento licitatório, associação criminosa, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, em tese ocorridos durante a escolha do modal VLT e sua execução na Capital de Mato Grosso.
 
Foram cumpridos 18 mandados de busca e apreensão, sendo 10 em Cuiabá (MT), um em Várzea Grande (MT), um em Belo Horizonte (MG), um no Rio de Janeiro (RJ), um em Petrópolis (RJ), dois em São Paulo (SP) e dois em Curitiba (PR).
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