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Terça-feira, 23 de abril de 2024

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Surto de conjuntivite provoca falta de medicamento em farmácias; Secretaria afirma que ninguém ficará sem tratamento

Foto: Ilustração

Surto de conjuntivite provoca falta de medicamento em farmácias; Secretaria afirma que ninguém ficará sem tratamento
A Prefeitura de Cuiabá emitiu no último mês de dezembro um alerta de surto de conjuntivite na capital. A Secretaria Municipal de Saúde afirmou que a capital, em 2017, teve uma média de 223 casos notificados por mês. Em dezembro este número aumentou. Por conta da epidemia, e do aumento da procura, em grande parte das farmácias na capital o colírio para o tratamento está em falta. A Secretaria Municipal de Saúde afirma que ninguém ficará sem tratamento.


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A reportagem do Olhar Direto passou por diversas farmácias em Cuiabá, pequenas e de grandes redes, e em todas foi confirmado o aumento da procura e a dificuldade em fornecer o medicamento.

Nas farmácias da rede Drogasil a procura pelo colírio triplicou. De acordo com os funcionários de uma das unidades, nesta semana um novo estoque havia chegado, mas logo acabou por causa da alta procura. Em algumas unidades está havendo falta de colírio.

Nas farmácias Unimed a procura aumentou há cerca de 20 dias. Os funcionários afirmam que a procura também triplicou e o produto acaba rápido. As farmácias da rede Pague Menos também passam pela mesma situação, com aumento da procura em todas as unidades. Os funcionários afirmam que, quando estão com produto em estoque, chegam a vender mais de 10 por dia.

O mesmo acontece nas unidades da rede Droga Chick, Drogaria Rosário e também nas pequenas drogarias de bairro. De acordo com os farmacêuticos, até mesmo o fornecedor do medicamento está com dificuldade de atender a todos, devido o aumento repentino da procura.

Na rede pública de saúde também há falta de colírio antibiótico (utilizado no tratamento de um caso específico de conjuntivite). No entanto a Secretaria Municipal de Saúde afirma que ninguém ficará sem tratamento.

De acordo com a assessoria da Secretaria Municipal de Saúde, a falta do colírio antibiótico ocorreu porque a capital não estava preparada para o surto de conjuntivite, no nível que aconteceu. Por causa disso a demanda foi maior do que o que estava em estoque. No entanto, a assessoria afirma que o medicamento é substituível e qualquer pessoa que tiver conjuntivite e procurar qualquer unidade básica de saúde não vai deixar de ser tratada.

Ela vai receber o colírio de inflamação, que geralmente é a modalidade mais comum de conjuntivite e se for o caso de ter ocorrido alguma infecção, que é o caso onde se deve usar o colírio que está em falta, o médico vai substituir por um antibiótico e vai fornecer o colírio de inflamação, álcool em gel para passar nas mãos, soro fisiológico e outros medicamentos que forem necessários para que o tratamento da conjuntivite seja realizado.

A Secretaria Municipal de Saúde também afirmou que está tentando fazer a compra do medicamento, só que este colírio não está em falta só na rede pública, mas está também para a rede privada.

A assessoria ainda disse que a Prefeitura faz um controle para que não haja falta de medicamentos, e que ele seja usado com responsabilidade, no entanto o que aconteceu foi além do que era esperado.

A Secretaria também se manifestou por meio de uma nota:
 
O colírio Tobramicina fármaco antibiótico que também é usado para o tratamento da conjuntivite realmente está em falta na rede pública. A falta se deu devido ao surto de conjuntivite, onde a demanda superou o previsão de uso.

Essa previsão é realizada sempre com base no ano anterior. No entanto, a falta do fármaco não prejudica em nada o tratamento do paciente, haja vista que ele só é usado em casos de infecção.

Nesses casos ele é substituído por outro antibiótico, a exemplo a azitromicina, cefalexina entre outros. Dessa forma, o paciente que buscar atendimento nas unidades de saúde pública, receberão todo o respaldo necessário para tratar os sintomas da conjuntivite.

O paciente que buscar este atendimento, poderá receber gratuitamente no caso os antibióticos, o colírio para inflamação Ciprofloxacina, soro fisiológico, álcool em gel e todas as orientações necessárias para o tratamentos dos sintomas.

Embora possa ocorrer em qualquer época do ano, a conjuntivite que é uma inflamação da conjuntiva ocular e pode ser transmitida de pessoa a pessoa, tem altos picos de incidência nos meses da primavera e do verão, porque o calor, a umidade e também o tempo seco favorecem a disseminação.

Além desse período, a Secretaria Municipal de Saúde (SMS) alerta para surto da inflamação durante as festas de fim de ano e orienta sobre os cuidados necessários para evitar o incômodo que pode deixar o paciente em profunda indisposição, de 07 a 10 dias.

Conforme a secretária de Saúde Elizeth Araújo, o momento festivo é propício para elevar os casos de contaminação que já vem sendo expressivos em Cuiabá e nos demais municípios de Mato Grosso desde 2014.

O crescimento foi de 149 casos notificados por mês em 2014, 166 em 2015 e 138 no ano passado. Este ano já conta com 223 casos notificados, podendo chegar a 400 até o próximo dia 31. O número, segundo a SMS tende a ser ainda maior, pois, diversas pessoas acabam não procurando as unidades de saúde para tratar o mal.
 
“Infelizmente essa é uma doença que gosta de contatos para se proliferar. E esta época do ano, onde as pessoas aproveitam para confraternizar e ficarem mais próximas umas das outras, é propício para isso. A pessoa com conjuntivite coça os olhos e depois cumprimenta alguém com um aperto de mãos, mexe na maçaneta das portas, nos botões do elevador, no controle-remoto, vai à loja faz prova de uma roupa e deixa ali o micro-organismo que, dependendo do tipo, pode sobreviver por horas fora do corpo. Até mesmo o ponto eletrônico pode servir de mecanismo de transmissão”, frisou. 
 
Conforme a gestora do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde, Moema Blatt a única forma de se manter longe desse mal ocular é aprendendo a identificar os sintomas e se atentar para algumas dicas simples, porém eficazes. Para ela a higiene das mãos é a principal medida para evitar o contágio.

“Portanto lave as mãos com água e sabão, mesmo se for utilizar álcool gel a 70%. Além disso, não coçar os olhos, usar toalhas de papel para enxugar o rosto e as mãos, trocar as fronhas dos travesseiros diariamente enquanto perdurar a crise, não compartilhar objetos (canetas, produtos de beleza, lenços, etc), de pessoa portadora de conjuntivite, evitar contato direto com outras pessoas, não ficar em ambientes onde há bebês, não usar lentes de contato durante esse período, evitar banhos de sol e principalmente evitar luz, pois essa pode fazer com que o olho contaminado venha a doer mais”, ressaltou Moema.
 
Observar os sintomas é outro cuidado importante segundo Moema. “É preciso se manter atento aos sintomas que consistem em olhos avermelhados, coceira e sensação de desconforto, inchaço do olho ou pálpebra, lacrimejamento podendo haver pus, sensibilidade à luz, visão borrada, febre, dor de garganta e dores pelo corpo e olhos colados. Para evitar a conjuntivite, a orientação é lavar bem as mãos, evitar aglomerações ou freqüentar piscinas de academias ou clubes e praias. Estes locais, nesta época do ano é um berço para o vírus", pontuou.
 
A SMS ainda orienta que o primeiro passo para todo paciente com olhos vermelhos é procurar um oftalmologista para diagnóstico do quadro apresentado. Após isso, as orientações se consistirão em utilizar gaze umedecida com água filtrada ou mineral, ou ainda soro fisiológico, uma para cada olho, para limpar as “casquinhas” que se formam em volta do olho. Aplicar compressas frias, também alivia o incômodo.

O tratamento com antibiótico (em caso de infecção bacteriana) ou antiviral (em caso de infecção viral) também é indicado, entretanto, deve ser feito com orientação de um médico.
 
Para comunicar casos de conjuntivite, ou para mais informação entre em contato com a Vigilância de Doenças e Agravos da Secretaria Municipal de Saúde pelos telefones 36171609 e 36171485.
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