Menos de 15 dias após receber o governador José Pedro Taques (PSDB) em seu gabinete, no 7º andar do Palácio Alencastro, para firmar um pacto de ‘não agressão’, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB), de Cuiabá, anunciou que vai participar da campanha eleitoral da oposição, onde os principais candidatos até agora são o senador Wellington Fagundes (PR) e o conselheiro Antônio Joaquim Neto, afastado do Tribunal de Contas do Estado (TCE).  
 
Tratado como estrela de primeira grandeza no espectro de oposição, Emanuel revelou que vem sendo cobrado pelo grupo político que o elegeu. Por isso, nos próximos dais, vai se reunir com os presidentes do PMDB, deputado federal Carlos Bezerra; do PP, deputado federal Ezequiel Fonseca; do PR, senador Wellington Fagundes; do PSB, deputado federal Valtenir Pereira; e do PTB, ex-prefeito Chico Galindo.
 
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“Eu tenho sido cobrado por meu grupo político e, dentro de poucos dias, vou conversar com os líderes do grupo que contribuíram para me eleger. Confesso que não queria falar de candidatura agora”, ponderou o chefe do Poder Executivo da Capital.
 
Emanuel Pinheiro admitiu que sua proximidade com Taques, por causa de questões administrativas, provoca ciúmes políticos nos oposicionistas. “Tenho conversado bastante com o governador, mas pouco com a minha base política. Com o meu grupo que me elegeu”, reconheceu ele.
 
O prefeito revela que a busca pela proximidade do seu grupo é cobrança constante. “Quero buscar e avaliar quem seriam os candidatos [da oposição]: Antônio Joaquim Neto ou Wellington Fagundes são os nomes visíveis”, avaliou ele.
 
Na vida pública desde 1988 e com vasta experiência, o prefeito da Capital sabe da importância da sua participação no pleito. “Minha prioridade é sempre Cuiabá, mas não vou me furtar de discutir o processo sucessório”, citou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
Emanuel Pinheiro entende que é necessário construir um projeto político, antes de se pensar em nomes. “Termos de avaliar se é possível construção de um projeto. Para o eleitor do Estado, quanto mais candidatos, melhor! Pois se discutem mais idéias. E o debate vem num nível mais elevado”, complementou Pinheiro.