Depois de adiar por quatro anos, o prefeito Emanuel Pinheiro (PMDB) cumpriu a promessa feita à primeira-dama Márcia Khun Pinheiro, sua esposa, em 2014, e saiu de férias. Mas serão 10 dias e não 30, como havia prometido. Ele se "esqueceu", porém, de passar o bastão para o vice-prefeito Niuan Ribeiro (PTB), que, por determinação da Constituição da República e da Lei Orgânica de Cuiabá, é o sucessor legal, em caso de vacância do cargo.
“Vou viajar de férias por alguns dias. Prometi isso [viagem em férias] para a dona Márcia faz tempo. Tenho que ser pai e marido, também”, explicou Emanuel, para a reportagem do
Olhar Direto, em entrevista na semana passada.
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Niuan Ribeiro respondeu que não foi comunicado pelo titular quanto ao gozo do período de férias. "Há dias que não conversamos", observou Niuan, sobre o formato de seu contato com Pinheiro, nos últimos tempos. Legalmente, o prefeito não pode se ausentar mais de 15 dias da cidade sem autorização da Câmara Municipal. Como o "recesso" será só de 10 dias, ele não precisou passar pelo crivo do Legislativo.
Emanuel negou que tenha ido descansar por conta de possíveis candidaturas de sua esposa Márcia e do seu filho Emanuel Pinheiro, o Emanuelzinho, nas eleições deste ano. “A minha esposa já ganhou a maior eleição da vida dela, que foi o meu coração. Tem grande missão, como primeira-dama de Cuiabá e, em hipótese alguma, dona Márcia será candidata alguma coisa”, pontuou o chefe do Poder Executivo da Capital.
Já a possível candidatura do filho é considerada possível, mas não prioritária. Emanuelzinho tem a mesma idade com a qual o pai ingressou na vida pública, em 1988, como vereador por Cuiabá. “Meu filho é muito jovem. Com a idade dele fui eleito vereador de Cuiabá”, recordou o prefeito.
Desde o final do ano passado, o seu filho é assediado por vários partidos e às vésperas da divulgação das imagens da delação premiada do ex-governador Silval Barbosa, Emanuelzinho estava a um passo de se filiar no Partido Verde (PV) para lutar por uma cadeira na Câmara dos Deputados. “Meu filho é muito jovem. Todavia, eu comecei novinho, olho para trás e não me arrependo. Mas acho ele muito novo. Desejo que se forme [em Direito], primeiro”, avaliou Emanuel, sobre o filho a necessidade do filho colar graus no curso de Direito.