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Sacrifício extremo

Rogério Gallo compara decisão de atrasar repasses de duodécimo à “escolha de Sofia”

22 Jan 2018 - 17:20

Da Reportagem Local - Ronaldo Pacheco e Carlos Gustavo Dorileo

Foto: Rogério Florentino Pereira / Olhar Direto

Rogério Gallo compara decisão de atrasar repasses de duodécimo à “escolha de Sofia”
Considerado intelectual entre os colegas da Procuradoria Geral do Estado (PGE), o novo secretário de Estado de Fazenda, Rogério Gallo, buscou uma metáfora inusitada para justificar o sofrimento do governo de Mato Grosso ao atrasar os repasses de duodécimos para os Poderes Legislativo e Judiciário, e órgãos autônomos.

 
Bastou para conseguir fazer com que o presidente do Tribunal de Justiça de Mato Grosso, desembargador Rui Ramos Ribeiro, e o vice do Tribunal de Contas do Estado (TCE), conselheiro Luiz Henrique Lima, lhe prestassem atenção máxima. Ele recebeu o aval do governador José Pedro Taques (PSDB) para dialogar com o núcleo sistêmico dos poderes, na busca de equacionar as dívidas duodecimais.
 
Leia mais:
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“Às vezes são escolhas de Sofia. Quem se lembra? Entre um filho e outro, quem vai sacrificar? O Poder Executivo se vê obrigado a fazer Escolha de Sofia, desembargador Rui Ramos”, ponderou Gallo, recorrendo ao best seller do escritor  William Clark Styron, para ilustrar a situação.
 
Rogério Gallo afiançou que existe respeito máximo do Palácio Paiaguás ao duodécimo dos Poderes. “Nas escolhas de Sofia que o governador Pedro Taques se vê obrigado a tomar, às vezes, entre tomar uma decisão de um repasse que pode significar até o fechamento de um hospital, às vezes, significa salvar uma vida. Existe a necessidade de tomada dessas decisões”, justificou o novo titular da Sefaz.
 
O recado do novo secretário de Estado de Fazenda foi uma clara tentativa de acalmar ou minimzar as cobranças do TJ e da Assembleia Legislativa, às vias iniciar os trabalhos de uma CPI do Fethab e Fundeb. “Num momento de profunda escassez de recursos, existe uma pressão imensa sobre o Tesouro do Estado. É, de fato, um trabalho de gigante, como diz Pedro Taques”, sintetizou ele, para a reportagem do Olhar Direto.
 
A tregédia narrada no livro de William Clark Styron, segundo Gallo, é vivencida cotidianamente, no Estado. “É um trabalho que faz com que tenhamos sobre os ombros uma responsabilidade enorme por escolhas trágicas: podem ter absoluta certeza que o emprego dos recursos públicos está sendo feito com honradez, com probidade e respeito ao cidadão”, resumiu Rogério Gallo, em novo recado aos poderes.

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